A Companhia Paranaense de Energia (Copel) realizou ontem uma série de exercícios de simulação de salvamentos de pessoas em ambientes confinados. A atividade foi promovida como parte de um curso de treinamento em resgate destinado a dezesseis eletricistas e técnicos responsáveis por trabalhos de manutenção da rede elétrica subterrânea presente na região central da capital paranaense.

Segundo o coordenador da rede de energia subterrânea, Dinarte Zonato, todos os dias diversas equipes de profissionais passam de 5 a 6 horas seguidas no subsolo, em dimensões bastante reduzidas, lidando com equipamentos variados, como transformadores de energia.

Na Copel nunca foram registrados acidentes graves com funcionários encarregados pela rede subterrânea. O treinamento teve função preventiva. “Nunca aconteceu, mas quem trabalha na rede subterrânea está sempre sujeito a sofrer uma queda ou levar um choque elétrico. Também nos preocupamos com o fato de o funcionário poder sofrer um mal súbito, apresentando problemas cardíacos ou respiratórios”, explica Dinarte.

A idéia é de que, com base na simulação realizada ontem, os técnicos e eletricistas em atividade na rede subterrânea se sintam aptos e capacitados a realizar possíveis salvamentos de colegas de trabalho acidentados, podendo encaminhá-los para socorro médico.

O treinamento foi promovido pela empresa Industrial Rescue Systems, de São Paulo, que é “especializada em operações de resgate e salvamento em situações críticas e em ambientes diminutos”. A Copel investiu cerca de R$ 4 mil na atividade.

Histórico

Em Curitiba, a rede elétrica subterrânea começou a ser construída no final da década de sessenta, pela Companhia Força e Luz do Paraná. Em 1971, a companhia foi absorvida pela Copel, responsável pela conclusão das obras. Atualmente, cerca de 15 mil consumidores da região central de Curitiba são beneficiados pela energia gerada pela rede subterrânea.

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