Continua precário o estado de conservação da BR-476

As condições precárias da Estrada da Ribeira (BR-476), entre Curitiba e Bocaiúva do Sul, têm trazido prejuízos para os motoristas que trafegam pela rodovia. Além disso, a falta de sinalização coloca em risco a vida tanto de motoristas como de pedestres. Os moradores dos municípios que utilizam a estrada já fizeram várias manifestações cobrando melhorias na estrada. A última, aconteceu em setembro deste ano, quando a rodovia foi interditada durante protesto. Mas até agora nenhuma providência foi tomada.

O gerente administrativo de um posto de combustíveis que fica às margens da BR-476, no município de Colombo, Lucimar de Jesus Henemann, conta que no último sábado três veículos pediram socorro no posto. “Devido aos buracos os carros quebraram as rodas e nós tivemos que ajudar”, disse. Ele comenta que se uma situação semelhante ocorrer durante à noite os motoristas terão que posar na rodovia. Lucimar falou ainda que os próprios moradores têm colocado entulhos nos buracos para amenizar o problema, “mas isso adianta por pouco tempo”.

O jornalista Emerson Almeida conta que também teve o carro danificado no fim de semana, quando caiu em um buraco e quebrou a roda do veículo. Ele comenta que mora há dezenove anos na região e a situação da BR está cada vez pior. “Os danos materiais causados pela rodovia são mínimos, se pensarmos na questão da segurança das pessoas que necessitam da estrada”, disse. O funcionário público Manuel Borges também concorda que a questão da segurança é primordial para quem trafega pelo local. “Além dos buracos, a sinalização é péssima, e quem não conhece a estrada, acaba muitas vezes sendo vítima de acidentes”, afirmou.

Flagrante

Enquanto a reportagem de O Estado registrava a reclamação dos moradores, o motoboy Edilson Ribeiro danificou a moto depois de passar por um buraco. “Desviei de um buraco que tinha uns trinta centímetros, mas acabei caindo em outro e entortei o aro da moto. Se fosse à noite, poderia ter caído é até perdido a vida por causa da estrada”, reclamou. O motoboy disse ainda que os motoristas são cobrados para andar com os impostos dos veículos em dia, mas a população não tem de quem cobrar os prejuízos.

Em setembro os moradores da região fizeram uma nova manifestação cobrando melhorias na rodovia. Um dos líderes do movimento popular que organizou o protesto, o comerciante Lauro Lopes, conta que na época foram feitas promessas pelos representantes do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) e da Prefeitura de Colombo de que uma solução para o problema seria anunciada em trinta dias. “Mas já se passaram mais de dois meses e ninguém mais falou sobre o assunto”, disse Lopes.

O DNIT informou que nunca existiu um acordo formal para obras na rodovia, apenas expectativas de uma operação tapa-buracos para amenizar os problemas. O órgão informou ainda que o governo federal havia delegado ao governo estadual a conservação da via, mas os contratos acabaram sendo cancelados para adequação de projetos. O DNIT afirmou que em menos de noventa dias não deverá ser divulgada nenhuma alternativa para a melhoria da via.

Já a Prefeitura de Colombo afirmou que em setembro aconteceu um entendimento entre o município e DNIT, que se comprometeu em conseguir um recurso emergencial de até R$ 150 mil para a execução de algumas obras apontadas como urgentes. Entre elas, a contração de dois trevos de acesso, implantação de seis semáforos e construção de canteiro central para divisão das pistas. A diferença dos valores seria paga pelo município. Porém, na semana passada, o DNIT teria afirmado que não existem recursos para as obras, nem novas possibilidades, neste momento, de discutir investimentos na rodovia.

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