Continua operação para remover cargueiro DC -10

A retirada do cargueiro DC-10 da Cielos del Peru, que derrapou na pista do Aeroporto Afonso Pena, às 22h55 do último domingo, já virou uma novela. No “capítulo” de ontem aconteceu uma tentativa frustrada de retirar o avião do local. Com isso, a pista principal do aeroporto continua interditada parcialmente e o sistema ILS2 não está funcionando.

Como a aeronave estava com parte do trem de pouso atolado na lama, nas proximidades da cabeceira da pista, foram instalados equipamentos infláveis, trazidos do Rio de Janeiro pela Varig Engenharia e Manutenção, para levantar o nariz do avião. Em seguida, eles foram retirados e a frente da aeronave ficou apoiada sobre uma estrutura de pedras, madeira e chapas de aço.

Cabos de aço foram instalados para que o avião pudesse ser puxado por dois blindados do Exército e um trator. Todavia, a tentativa não foi bem sucedida. “Ele se mexeu apenas uns três metros. Mas o trem de pouso principal também ficou atolado”, contou a gerente da Varig no Afonso Pena, Andréa Salgado.

Ontem mesmo os técnicos começaram a levantar a aeronave com macacos hidráulicos especiais. “Será feito trabalho similar ao do nariz. Colocação de brita, madeira e chapas de aço para formar um trilho para o avião sair”, explicou Andréa, salientando que esse tipo de retirada é realmente demorada. A gerente da Varig não quis da prognóstico para a retirada do DC-10.

A maior dificuldade é que a área está com muita lama. “Até outros veículos que tentam se aproximar acabam se atolando também”, disse.

A aeronave, carregada com 65 toneladas de equipamentos eletrônicos e motores para equipamentos agrícolas, vinha da Europa e tinha como destino final a capital paranaense, sendo que toda carga seria descarregada na cidade. Junto com os equipamentos, tiveram que ser retirados da aeronave 13 mil quilos de combustível.

Voltar ao topo