Construção de anexo derruba muro do HC

A construção de um prédio anexo ao Hospital de Clínicas da UFPR, em Curitiba, derrubou um muro de pedra de sete metros de altura, afundando um piso do hospital, onde ficava o setor de marcação de consultas. Depois de um grande barulho, os quinze funcionários do setor foram transferidos para o local de onde estava a farmácia. O acidente ocorreu às 18h de anteontem. As obras, que tiveram início em julho, foram paralisadas. O prazo para a conclusão era de 15 meses.

O Sinditest-PR (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba e Região Metropolitana), que representa os servidores do HC, esteve, na manhã de ontem, no local, para averiguar o estrago causado pelas obras de terraplanagem na estrutura do hospital. Segundo Djalma de Oliveira Pedro, do Sindicato, houve um susto tremendo, e a culpa foi da Construtora Zenith, responsável pela obra, que, com uma escavadeira derrubou o muro do hospital. Ele denunciou que o prédio do HC tem várias rachaduras e muitas infiltrações e que o Sindicato vai pedir, à direção do HC, uma análise feita por um engenheiro, para saber se houve abalo na estrutura do hospital. Disse ainda que as condições de trabalho, no hospital, são muito ruins, como equipamentos de trabalhos muito antigos e falta de material de limpeza.

Em entrevista coletiva, o arquiteto Sérgio Hoefel, da empresa Geplan, gerenciadora da obra, explicou que foi feita uma investigação nas construções vizinhas, pois serem muito antigas mas que devido a problemas de infiltrações, a execução da fundação do novo prédio de 8 pavimentos, o muro de pedra desabou. Ele afirmou que este muro teria que ser demolido de qualquer maneira. Ele também disse que a estrutura do HC não foi abalada e que providências serão tomadas dentro de dois ou três dias.

Já o engenheiro Antônio Dal Lago, responsável pela manutenção do hospital, admitiu que existem problemas corriqueiros de infiltrações e rachaduras no prédio do hospital, que são solucionados na medida do possível, em razão da faltas de recursos. Os funcionários transferidos estão apreensivos com medo de novos desabamentos e esperam ir para locais seguros.

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