Conselhos profissionais têm papel na sociedade

Os conselhos profissionais não podem ser apenas órgãos arrecadadores e sim exercer importante papel na sociedade. A opinião é do presidente da seccional de Curitiba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Michel Saliba. Ele ministrou palestra ontem sobre o tema, em Curitiba, na abertura do curso de especialização em Administração Pública – Gestão de Conselhos Profissionais, do Instituto Advocom.

Para ele, os conselhos profissionais devem estar presentes e ter repercussão, como acontece com a OAB e com o Conselho Regional de Medicina, por exemplo. “A maior parte dos conselhos apenas arrecada, não tendo interferência em questões importantes”, afirmou. O advogado exemplificou o fato de o País passar por palpitantes situações econômicas, como trocas de moeda e bruscas mudanças na forma da condução na economia.

Mas ele nunca viu o Conselho Federal de Economia se pronunciar sobre o assunto. Outro exemplo é o Conselho Federal de Contabilidade, que não se pronuncia sobre o imposto de renda. “Não é uma crítica, mas vejo que há a necessidade de uma mudança de posicionamento”, observou. Saliba disse ser necessário instituir um tribunal de ética dentro de cada conselho, com atuação forte e independente.

Jornalismo

O presidente da OAB afirmou seu posicionamento favorável à criação do Conselho Federal de Jornalismo, mas não nos moldes do projeto que está no Congresso Nacional. “Da maneira como está sendo imposto é no mínimo preocupante”, disse, ressaltando que o conselho deveria ser constituído nas esferas federal e regional. Seus membros deveriam ser escolhidos pela classe em votação, não por indicação sindical.

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