Confusão sobre obra de metrô em Curitiba

O anúncio de que o metrô em Curitiba está muito perto de se tornar realidade gerou ontem uma confusão de informações. Na quarta-feira, a Prefeitura se apressou para informar que a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão vinculado ao Ministério das Cidades, avalizou o projeto do metrô e, por sua vez, encaminhou o mesmo à pasta das Cidades, que também o enviou ao Ministério do Planejamento. Porém, em entrevista à rádio CBN na manhã de ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que não tinha conhecimento do projeto. Ou seja, que o prefeito Beto Richa não teria pedido que tal documento fosse incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que foi anunciado pela Prefeitura na terça.

Já durante a tarde de ontem, o ministro Paulo Bernardo mudou o tom de suas afirmações. Depois de confirmar que tudo foi um mal-entendido, ele afirmou que recebeu o pedido do prefeito Beto Richa somente na tarde de quarta-feira e que por isso ainda não teve tempo de avaliá-lo. Mas segundo Bernardo, não existe um projeto final, e sim um estudo de viabilidade da obra. ?Existe o estudo de viabilidade e agora é preciso fazer o projeto. O que aconteceu foi que o prefeito me pediu para incluir o estudo no Plano Plurianual ou no PAC. Mas ainda não posso dizer se há viabilidade disso acontecer. É muito cedo para isso. Mas posso dizer que temos boa vontade com Curitiba?, afirmou Bernardo.

A confusão de informações aconteceu em parte por conta da nomenclatura dada aos projetos por pessoas que são da área de engenharia e por aquelas que não são. O engenheiro civil e responsável pelo estudo de viabilidade do projeto do metrô no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Clever Almeida, explicou que o que existe até agora é o projeto executivo, uma espécie de detalhamento de tudo que seria necessário para iniciar a obra. ?É mais que uma idéia, é um estudo que foi feito em conjunto entre o Ippuc, a CBTU e a Urbs. Foi isso que foi encaminhado aos ministérios?, explicou Almeida.

A CBTU, porém, não confirma que os estudos foram recebidos. A assessoria de imprensa do órgão declarou que não há informações sobre o assunto. Já a assessoria do Ministério das Cidades confirmou o recebimento do projeto.

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