Condomínio não é garantia de segurança

Quem escolhe viver em condomínios, sejam eles verticais ou horizontais, geralmente o faz por questões de segurança. Entretanto, muitos condomínios – mesmo os mais luxuosos e localizados em áreas nobres das grandes cidades – não garantem o bem-estar que os moradores necessitam e possuem sistemas de segurança considerados falhos.

Segundo o assessor jurídico da presidência do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná, José Paulo Damaceno Pereira, um dos erros mais comuns dentro dos condomínios é transferir a responsabilidade pela segurança ao porteiro, que tem como função atender pessoas e geralmente não é treinado para saber como agir diante de assaltos e outras ocorrências. “Geralmente, por economia, as pessoas preferem contratar um porteiro a um vigilante. O piso salarial do primeiro é de cerca de R$ 400, e do segundo, R$ 700”, afirma.

A contratação de uma empresa de vigilância, embora mais indicada, também requer alguns cuidados. José Paulo explica que existem no mercado diversas empresas clandestinas, que oferecem serviços por valores bem mais baixos e que, ao invés de proteger, acabam colocando em risco a vida dos moradores: “As empresas clandestinas não possuem autorização da Polícia Federal e do Ministério da Justiça para funcionar. A maioria possui funcionários despreparados”. Em Curitiba, para saber se uma empresa é idônea, basta ligar para o sindicato, no (41) 232-0848.

A contratação de um vigilante e a instalação de sistemas de segurança, como cerca eletrificada e alarme monitorado, são considerados essenciais. Porém, o major da Polícia Militar do Paraná, Roberson Luiz Bondaruk, lembra que os próprios moradores não devem deixar de lado alguns cuidados, considerados simples e rotineiros para evitar a ação de assaltantes ou mesmo vândalos. “Em um condomínio, as pessoas devem ter consciência de que a segurança de um é a segurança de todos. Se uma pessoa comete uma falha, pode ameaçar a segurança de todos.”

Por mais que o condomínio tenha sistemas de segurança eficientes, os moradores devem estar sempre atentos. Dentro das casas ou apartamentos (independente do andar em que se encontrem), as portas e janelas devem permanecer fechadas. A porta principal deve ser bem iluminada, ter olho mágico ou uma janela onde se possa ver a pessoa que apertou a campanha. “A pessoa que cuida da portaria nunca deve permitir a entrada de pessoas sem que antes elas se identifiquem. Porém, os moradores também devem ter certeza de quem está batendo à porta.”

Entregas

No caso de solicitação de entrega de produtos em casa, como pizzas, flores e medicamentos, o ideal é ir buscar a encomenda pessoalmente na portaria, sem permitir que o entregador tenha acesso à parte interna do condomínio. Caso isso não seja possível, o melhor é pedir para que o síndico receba a encomenda ou solicitar à pessoa da guarita que não permita a entrada de entregadores com capecete, no qual a pessoa pode esconder facilmente uma arma.

Nas garagens, os carros devem permanecer fechados e com todos os sistemas de segurança – como alarmes e travas – acionados. Objetos de valor não devem ser esquecidos no porta-luvas e nos bancos. Nos condomínios com portão eletrônico, os moradores devem entrar ou sair com o carro e imediatamente acionar o botão de fechamento do mesmo. O ideal é que, antes de estacionar ou seguir caminho, o motorista espere até que o portão se feche completamente.

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