Comerciantes cobram revitalização

Comerciantes do bairro de Santa Felicidade, em Curitiba, estão impacientes com a falta de investimento do poder público no bairro, um dos principais cartões-postais da capital do Estado. De acordo com Beto Madalosso, presidente da Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade (Acisf), tudo o que foi feito no bairro até hoje para atrair os turistas é fruto da iniciativa privada. ?Faltam obras públicas. A revitalização da Avenida Manoel Ribas, por exemplo, é um pedido antigo e não foi concluída. Isso afasta os turistas e desestimula o empresariado?, disse Madalosso.

Mensalmente, de acordo com os dados da Acisf, Santa Felicidade atrai cerca de 160 mil visitantes. Proporcionar um ambiente agradável para este público é a meta do empresariado local. No ano passado, a Prefeitura iniciou a revitalização da principal avenida que corta o bairro. No entanto, segundo Antônio Ramalho, consultor da Acisf, as obras não seguiram o projeto original, como a colocação de fiação subterrânea, para deixar as ruas menos poluídas e valorizar as fachadas dos prédios. Fora isso, um trecho de 300 metros da Avenida Manoel Ribas, entre as ruas Domingos Strapasson e Ângelo Mazzarotto, ainda não foi recuperado. ?A própria prefeitura noticiou, em meados do mês passado, que iniciaria essas obras em dez dias. No entanto esse prazo já passou e nada foi feito?, disse Ramalho.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, a segunda etapa das obras de revitalização da Avenida Manoel Ribas só não começaram até agora em função do período de chuvas. A Prefeitura informou que a revitalização prevê obras de drenagem nas ruas e nas calçadas o que, com a chuva, tornaria o lugar um verdadeiro lamaçal.

Outra reclamação dos empresários é quanto ao uso dos novos postes instalados pela Prefeitura. Eles deveriam ser usados para divulgar as atrações do bairro, mas até agora não houve liberação do poder público para isso. Segundo Madalosso, esse impasse tem deixado os postes à mercê de vândalos, que estão danificando as estruturas. ?Não liberam o uso e também não usam (a Prefeitura) para nada. Não dá para entender?, afirma Madalosso.

Quanto ao uso dos novos postes, a assessoria da prefeitura informou que a Secretaria Estadual de Urbanismo e o Ippuc estão analisando a proposta de convênio de uso, apresentada pela Acisf no dia 26 de agosto. Uma vez aprovada a proposta, ela segue para sanção do prefeito.

Voltar ao topo