Comer na rua exige precauções

A comercialização de comidas preparadas em carrinhos e traillers tornou-se muito comum nas grandes cidades. Mas a prática pode levar sérios riscos à saúde dos consumidores, pois o potencial de contaminação dos produtos é altíssimo, podendo ocasionar vômitos e diarréias. Além da higiene, a população deve tomar cuidados com o tipo de alimento. A única opção licenciada pela Vigilância Sanitária, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, é o cachorro-quente. E a sua venda deve ser feita somente depois das 19h.

Segundo Ana Valéria de Almeida Carli, coordenadora da Vigilância de Alimentos da secretaria, as vendas de outros tipos de alimentos na rua, como sanduíches, hambúrgueres e espetinhos de carne, são clandestinas. Os carrinhos de cachorro-quente só foram licenciados para trabalhar à noite porque a temperatura está mais baixa do que no resto do dia. “Os alimentos podem estragar com a incidência direta do sol”, explica.

A contaminação dos alimentos nos carrinhos pode acontecer no manuseio, por falta de higiene, ou já vem com a matéria-prima utilizada. “A manutenção e conservação dos alimentos também devem ser respeitadas nesses carrinhos”, afirma Ana. Os que necessitam de refrigeração devem estar em temperatura inferior a 10ºC. Aqueles que precisam de calor devem ser aquecidos acima de 65ºC. “Com essas temperaturas, as bactérias não se desenvolvem”, aponta.

Uma pesquisa realizada há alguns anos pelo órgão mostrou que os donos de carrinhos de Curitiba estão tomando cuidados com a higiene pessoal e do local de trabalho: “Os resultados foram muito bons, porque não registramos uma contaminação significativa”, lembra a coordenadora. Ela orienta os consumidores a prestarem muita atenção na higiene pessoal daquele que prepara os alimentos e na limpeza dos utensílios. “As pessoas ainda devem evitar os locais sujos e não comer se tiver algum sabor estranho, pois o alimento pode estar estragado”, completa.

Outra questão a ser observada é a cobrança feita pela mesma pessoa que faz a comida: “Ela deve manusear os alimentos com pinças e luvas descartáveis e outra pessoa deve pegar o dinheiro. Se isso não for possível, a mesma que prepara pode retirar as luvas para cobrar e depois colocá-las novamente”. As pessoas que quiserem denunciar alguma irregularidade podem ligar para o telefone 156.

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