R$ 1,5 milhão. Este é o prejuízo médio anual gerado pela depredação e pelo roubo de placas de sinalização em Curitiba. Diariamente, em diversas regiões da cidade, as ações de vandalismo sobre as placas acabam obrigando a Prefeitura a realizar uma série de substituições e gastar com elas um dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas consideradas essenciais, como, por exemplo, saúde e educação.
?Encontramos placas pichadas e com marcas de tiro. Muitas vezes, trocamos uma determinada placa e, semanas depois, ela já aparece danificada novamente. O resultado disso é muito dinheiro público sendo jogado fora?, comenta o assistente administrativo da Urbs (Urbanização de Curitiba), Gabriel Luiz Zacarias. ?Quando uma placa de trânsito é depredada, a segurança do trânsito no local onde ela fica instalada também pode ser comprometida.?
As ações de vandalismo ocorrem em toda a capital. Porém, segundo a Prefeitura, em regiões como Sítio Cercado, Bairro Novo, Cajuru, Atuba e Cidade Industrial (CIC) as substituições de placas chegam a ser diárias. Nestes locais, a cada mês, chegam a desaparecer entre 150 e duzentas placas de ?Pare? instaladas em cruzamentos de ruas preferenciais.
O Sítio Cercado é a região onde a reposição da sinalização vertical é mais crítica. Segundo a Prefeitura, todos os dias equipes da Urbs trocam em média cem placas no Bairro Novo. Na CIC, onde as equipes de manutenção trabalham ininterruptamente das 7h às 17h, aproximadamente 2,5 mil placas são recebidas pela Urbs todos os meses.
Algumas placas danificadas podem ser reconstituídas, sendo lixadas e posteriormente pintadas novamente, em um barracão mantido pela Urbs na Cidade Industrial. O custo de reconstituição de cada placa é de cerca de R$ 200,00. Porém, muitas acabam sendo totalmente inutilizadas, o que faz com que os gastos sejam ainda maiores. Placas redondas, presentes em cruzamentos indicando o sentido de tráfego e parada proibida, custam R$ 257,00 a unidade. Placas maiores, de 1m x 1m, custam R$ 509,00.