Cobradores que trabalham nas estações tubo reformadas para implantação da linha Ligeirão Norte estão atuando como informantes e guardiões dos pontos. A situação é comum em toda extensão das estações entre o Juvevê e Santa Cândida. Por medo de represálias, os trabalhadores preferem não se identificar, mas reclamam das novas funções que estão exercendo e sem segurança. “O pessoal da noite já teve problemas. Os tubos estão sem luz e quem trabalha à noite fica na escuridão. Teve colega que apanhou. Estamos aqui só para cuidar do tubo, viramos guardas municipais”, reclama um dos cobradores.
A determinação para que cumpram suas jornadas de trabalho nas estações mesmo desativadas é da Urbs às empresas de transporte coletivo que operam na linha Santa Cândida Capão Raso. Eles devem ficar nos tubos para informar os passageiros que o local está desativado e assim também inibir a ação de vândalos. Segundo a Urbs, a medida é também para assegurar que os trabalhadores tenham os empregos preservados até que as estações sejam reativadas, o que deve ser acontecer em 30 dias. A Urbs assegura também que a Guarda Municipal está reforçando as rondas para impedir atos contra os trabalhadores.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) iniciou o levantamento das condições de trabalho.