Cinto no banco de trás ainda é pouco utilizado

Mais de 90% dos curitibanos não usam cinto de segurança no banco de trás do veículo. De acordo com o Batalhão de Trânsito, estudos mostram que uma pessoa de 70 kg tem seu peso multiplicado por quarenta em uma colisão frontal a 50 km/h. Deste modo, a força de três toneladas atinge o ocupante do banco dianteiro.

Na capital, ocorreram vinte óbitos de motoristas de janeiro a junho deste ano. Oitenta por cento das mortes poderiam ser evitadas se o passageiro de trás estivesse usando o equipamento de segurança.

Muitos motoristas acreditam estar seguros adotando o uso do cinto e airbags, mas se alguém atrás dele não usar o cinto a sua precaução não adianta muito. A força que a pessoa arremessada atinge pode arrancar seu banco e ainda causar lesões cerebrais nos dois ? sem contar a possibilidade de alguém ser atirado para fora do carro.

De maio a junho o Batalhão de Trânsito registrou na cidade 4.458 vítimas de acidentes. Destas 2.294 eram condutores, 1.280 passageiros e 840 pedestres. Entre os motoristas houve vinte mortes; entre passageiros, 8; e pedestres, 18. O tenente Renê Ferreira Muchelim, relações públicas do Corpo de Bombeiros, explica que as vítimas sem a proteção são as que possuem lesões mais graves do que as protegidas.

A gerente de operações da Diretran, Léa Hatschbach, argumenta que para mudar o hábito das pessoas seria necessário uma campanha nacional, já que o problema atinge todo o país. “Mais de 95% das pessoas usam o cinto na frente, onde le já está incorporado aos hábitos”, afirma. “O mesmo deve acontecer com o banco de trás.” Esta é a semana nacional do trânsito, mas o foco de atenção é quanto ao uso do celular na direção.

Desde janeiro a julho, a Diretran registou 658 multas para motoristas flagrados sem o uso do cinto no banco da frente. O valor para cada pessoa sem cinto no carro é R$ 127,00. Com relação ao cinto no banco de trás, o BPTran, que geralmente não multa, só orienta os passageiros a usar o equipamento, vai começar a mudar a postura nas abordagens. “Vamos convencê-los de algum jeito”, explica o aspirante oficial Alexandre Lamour Viana.

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