As enchentes em Morretes são um sinal
claro de perigo e insegurança.

As chuvas que estão atingindo diversos estados brasileiros desde o início do ano trazem de volta, segundo agentes de saúde, o risco de contaminação por leptospirose. A doença é causada pela bactéria leptospira, presente na urina dos ratos.

Em situação de enchentes e inundações – como as observadas no final do mês de janeiro na cidade de Morretes, no litoral do Paraná, ou em algumas cidades da região Nordeste – a urina dos ratos mistura-se à água e à lama, aumentando o risco de contato humano com a leptospira. “A leptospirose é uma doença infecciosa e grave, que ocorre tanto em área urbana quanto em área rural, atingindo pessoas de todas as idades. Pode ser verificada em todas as épocas do ano, mas é mais comum em épocas de chuvas fortes”, comenta o médico sanitarista da Secretaria de Estado da Saúde, Natal Jataí de Camargo.

A leptospira entra no corpo humano através da pele – principalmente a lesionada – e de mucosas como o nariz, a boca e os olhos. Os sintomas da doença, que pode ser confundida com gripe, meningite e pneumonia, aparecem sete ou quinze dias após a contaminação. Os principais são: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial na batata da perna) e calafrios. “Em estado mais avançado, a leptospirose causa insuficiência renal, hepática e respiratória, levando à morte”, explica Saul. “Quem tiver os sintomas da doença deve procurar o mais rapidamente possível um posto de saúde. Se o diagnóstico for precoce, as chances de cura são maiores. O tratamento é feito à base de antibióticos”.

Em 2003, de janeiro a dezembro, foram notificados pela Secretaria de Estado da Saúde 747 casos de leptospirose no Paraná. Desses, 264 foram confirmados, dos quais 29 evoluíram a óbito. Mais informações sobre a doença podem ser obtidas no portal www.saude.gov.br/svs ou através do Disque Saúde, no 0800-611997.

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