| Anderson Tozato |
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| Curitiba: ruas alagadas. |
Um desabamento e 20 alagamentos foram o saldo deixado pela chuva que passou ontem por Curitiba e região metropolitana. No viaduto da Avenida Marechal Floriano Peixoto, a BR-476 ficou totalmente interditada por causa do alagamento e o congestionamento atingiu dois quilômetros nos dois sentidos, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Do total de alagamentos, foram 11 em São José dos Pinhais, cinco em Curitiba (Cidade Industrial, Novo Mundo e Uberaba), três em Campo Largo e um em Fazenda Rio Grande. De acordo com o Corpo de Bombeiros, em 50% dessas ocorrências, pessoas ficaram ilhadas.
A pior situação foi enfrentada por moradores de São José dos Pinhais. Os pontos de alagamentos atingiram bairros como Jardim Cruzeiro, Jardim Regência, Jardim Santos Dumont, Ouro Fino e Braga, incluindo o Colégio Estadual Godofredo Machado. ?Nosso muro caiu e a rua parecia um rio, arrastando tudo o que estivesse na frente?, contou Cezar Vieira, do bairro Ouro Fino, onde a fábrica de móveis da família foi atingida. Segundo Vieira, não há um sistema de drenagem para conter a água.
Situação parecida é a da moradora Eroni Oliveira, do Bairro Bom Pastor, onde a água atingiu quase dois metros de altura. ?Estava trabalhando na hora da chuva e quando cheguei já não deu para salvar nada. Perdi móveis, colchão, roupa, comida, tudo?, lamentou.
Em São José, a forte chuva também fechou o Aeroporto Internacional Afonso Pena por cerca de meia hora e, durante boa parte do dia, a operação dos vôos ocorreu por instrumentos. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, chuvas moderadas com trovoadas devem continuar hoje por todo o Estado.
Racionamento
O risco de racionamento de energia para os próximos seis meses está descartado pela Companhia Paranense de Energia (Copel). Segundo o assessor da diretoria de Geração e Transmissão de Energia, Róbson Schiefler e Silva, o nível de armazenamento na região Sul está hoje em torno de 73%, o que representa um ?cenário tranqüilo?.