Centro de Design segue abandonado

Uma grande estrutura baseada em uma antiga olaria, nas margens da represa do Passaúna, foi construída e inaugurada em julho do ano passado pela Prefeitura de Curitiba para abrigar o Centro de Design do Paraná, uma organização não governamental (ONG) criada dentro do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), do governo do Estado. Uma parceria havia sido firmada com a intenção de utilizar o centro para aperfeiçoar visualmente os produtos dos empreendedores do Linhão do Emprego, um programa da Prefeitura. Depois de nove meses, porém, a área está abandonada, apenas protegida por guardas municipais que se revezam durante todo o dia. Não há nenhum vestígio do centro, seja de pessoas ou materiais. O mato e o barro são as únicas coisas que envolvem o prédio.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, as obras estão concluídas. O prefeito Cassio Taniguchi, inclusive, chegou a visitar as instalações um pouco antes de serem finalizadas, no meio do ano passado. O Centro de Design não está no Passaúna porque, segundo a assessoria, foi extinto pelo governo estadual.

A ONG, porém, continua existindo. O diretor da entidade, Geraldo Pougy, explica que a parceria firmada previa que o Estado cedesse o terreno e a Prefeitura reformasse a olaria. E isso de fato aconteceu. Depois de pronta, a estrutura deveria ser mantida com recursos estaduais. Mas após a chegada do novo governo, a manutenção foi descartada e nunca mais se chegou a um acordo. A ONG deixou de ter apoio do Estado e saiu do Tecpar em abril de 2003. Atualmente está alojada em uma sala comercial alugada no centro de Curitiba.

Segundo Pougy, os trabalhos com os empreendedores do Linhão do Emprego já foram realizados e não existem mais. O prédio construído nas margens da represa abrigaria o Centro de Design e outros projetos na área. “Não temos condições de arcar com a manutenção de prédio daquele tamanho. Somos uma organização pequena e não usaríamos toda a área. Mas ali teria espaço para desenvolver muita coisa, pois assunto neste segmento é o que não falta”, comenta o diretor.

A Prefeitura ainda não sabe o que fazer com a estrutura no Passaúna. Os responsáveis estão estudando uma alternativa semelhante ao Centro de Design para funcionar no local.

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