Celulares ainda são suscetíveis à clonagem

Receber a tarifa do telefone celular e deparar com uma conta astronômica cobrando ligações não realizadas não é nada agradável. A clonagem de aparelhos – que gera esse tipo de situação – é um problema que vem preocupando tanto os usuários quanto as operadoras de telefonia móvel.

Segundo o gerente de comunicação da Vivo no Paraná e Santa Catarina, João Ney Marçal Júnior, a clonagem de aparelhos celulares é um ato considerado criminoso e que acontece quando pessoas estranhas se apropriam de determinado número de telefone, passando a utilizá-lo para ligações locais e internacionais como se fossem o proprietário do aparelho.

“Para clonar um celular, o criminoso precisa descobrir algumas informações técnicas do aparelho, como número de série e o próprio número do telefone. No sistema analógico, estas informações ficam em aberto, sendo transmitidas pelo ar. Provavelmente as pessoas que fazem a clonagem utilizam algum tipo de equipamento para captá-las”, explica.

No sistema digital, as informações também podem ser captadas. Mas é mais difícil identificá-las, porque elas são transmitidas de forma codificada. “Qualquer celular, seja pré ou pós-pago, pode vir a ser clonado quando está em sistema analógico. As maiores prejudicadas são as operadoras de telefonia celular, pois são elas e não os clientes que devem arcar com o valor das ligações feitas pelos clonadores”, diz João. “Constantemente estamos investindo em novas tecnologias e trabalhando para combater este tipo de ação”.

Para evitar a clonagem, a Vivo aconselha os usuários de telefones celulares a sempre manterem seus celulares em sistema digital. É comum que, em casos de viagem, alguns aparelhos passem a operar automaticamente em sistema analógico. Por isso, saindo de seus estados de origem, os usuários devem selecionar, eles mesmos e no próprio aparelho celular, a banda digital.

Quando um celular é clonado, de acordo com a assessoria de imprensa da Tim, as operadoras responsáveis costumam imediatamente bloquear o aparelho, assim ele fica sem poder receber e realizar ligações. Para solucionar o problema, é necessário que o usuário troque o número do telefone ou o número de série, mudando de aparelho. “Muitas vezes, trocar o aparelho ou o número telefônico é um grande incômodo ao cliente. Por isso, a Tim desenvolveu um sistema em que é possível trocar uma placa dentro do aparelho clonado, permitindo assim que a pessoa continue com o mesmo número e o mesmo aparelho. Também disponibilizamos a tecnologia GSM, que é 100% não clonável”, informa a operadora.

De 1.º de janeiro ao último dia 20, o Procon-PR fez 2.315 atendimentos relativos à telefonia móvel. Destes, 25 correspondiam à clonagem.

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