O delegado afastado, do Trabalho, no Paraná, Celso Costa, foi transferido ontem para Londrina. Desde 25 de setembro ele ocupava uma cela no Centro de Triagem da Polícia Civil, em Curitiba.
Em Londrina, deve ficar detido no 2.º Distrito. A transferência foi solicitada na terça-feira, pelo juiz da Corregedoria dos Presídios do Estado do Paraná, Roberto Massaro. Por volta das 16h45, Costa deixou o Centro de Triagem escoltado por dois carros ocupados por agentes das polícias Civil e Federal. O delegado não quis conversar com a imprensa.
Costa será interrogado no dia 14 de outubro, às 14h, pelo juiz da 3.ª Vara Criminal de Londrina, José Marcos Moura, sobre as acusações de envolvimento em uma licitação fraudulenta realizada na antiga Comurb, a Companhia Municipal de Urbanização de Londrina, no valor de R$ 50 mil. Paralelamente ao processo, o Ministério do Trabalho está realizando auditoria para apurar irregularidades na gestão de Costa frente à DRT. Favorecimento de empresas, coação de funcionários e desvio de dinheiro são algumas das denúncias que pesam contra o delegado, que assumiu o cargo por indicação do deputado federal José Janene (PPB). Em Arapongas, por exemplo, o delegado é acusado de favorecer empresas do setor moveleiro. “Ele esquecia dos funcionários e ia junto com os patrões por interesse pessoal”, diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção de Arapongas, Manoel Francisco Silva. A reportagem tentou contato com o advogado de Celso Costa, por telefone, mas não obteve resposta.