CEF quer aumentar o número de lotéricas no País

Donos de casas lotéricas de todo Brasil estão preocupados com a decisão da Caixa Econômica Federal (CEF) de aumentar em 20% o número de lotéricas existentes no País, que hoje somam 9 mil. Eles acreditam que a abertura de novos estabelecimentos não vai resolver os problemas das já existentes, como por exemplo a baixa remuneração paga pela CEF.

No Estado de São Paulo, proprietários de casas lotéricas decidiram na última quinta-feira restringir o atendimento ao público como forma de protesto. No Paraná, não foi tomada qualquer medida drástica. Entretanto, os empresários do setor também não se dizem sossegados. ?Se a Caixa tiver critérios para a abertura de novas lotéricas, colocando-as em locais onde existem poucos estabelecimentos e poucos bancos, acho bom. Caso contrário, a medida não será positiva?, comenta o presidente do Sindicato das Casas Lotéricas do Estado do Paraná, Augusto Tucholski. ?Em Curitiba, por exemplo, não há como pôr mais lotéricas. A cidade tem 155, uma média de uma para cada 12 mil habitantes. A média nacional é de uma para cada cerca de 20 mil?.

No que diz respeito às remunerações, os empresários de casas lotéricas recebem 8,65% do valor bruto arrecadado com jogos. A porcentagem é considerada pequena pelo setor. Por cobrança de tarifas, recebem em média, R$ 0,30. Porém pleiteiam entre R$ 0,50 e R$ 0,60. ?Outra coisa que a Caixa deveria fazer era criar novos tipos de jogos e possibilitar que as casas lotéricas tivessem mais produtos para serem colocados à venda. Ela deveria se preocupar em dar suporte às casas lotéricas que já existem e não em abrir novas?, diz o proprietário das Loterias Muricy, na capital, Auxílio Suguimoto. 

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