Ceasa ganha laboratório para alimentos

A partir de agora, os consumidores de frutas, verduras, legumes e hortaliças não precisarão mais confiar apenas nos próprios olhos no momento de avaliar a qualidade dos produtos. Foi inaugurado ontem, na unidade da Ceasa de Curitiba, o Geneslab, um laboratório que fará análise e classificação de hortícolas produzidos no Paraná e comercializados pela central.

Credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o laboratório é inédito no Estado e o terceiro no Brasil. Com investimento de cerca de R$ 250 mil por parte do Instituto Genesis – sediado em Londrina, na região norte – foi construído através de parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento e a Associação Paranaense de Supermercados (Apras).

Inicialmente, serão classificados tomate, batata, cebola, alho, abacaxi, uva rústica, uva fina e kiwi. Posteriormente, devem passar por procedimentos de análise maçã, pêra e outros produtos oficialmente padronizados pelo ministério. ?A análise será realizada conforme padrões oficiais e em obediência à Lei 9.972, que diz que a classificação é obrigatória para todo produto, subproduto e resíduo de valor econômico destinado à alimentação humana?, diz o presidente do Instituto Genesis, Henrique Victorelli Neto.

Segundo a engenheira agrônoma Márcia Koroll, responsável pelo novo laboratório, a classificação será feita mediante avaliação de características intrínsecas (como tamanho, formato e coloração) e extrínsecas (como amassados e deformações) dos produtos. As informações geradas serão utilizadas na composição das embalagens e rótulos dos alimentos. Todo trabalho será realizado por engenheiros agrônomos capacitados pelo ministério.

Na opinião de Victorelli, a classificação potencializa a produção brasileira. As vantagens são grandes para os produtores, que terão a qualidade de suas produções atestadas; para os varejistas, que poderão ter a segurança alimentar garantida, fazendo a rastreabilidade e identificando a origem dos produtos caso haja problemas com determinados lotes; e, principalmente, para o consumidor.

?Ao adquirirem produtos, os consumidores poderão saber de forma clara o que estão levando para casa e quanto estão pagando por aquilo. A classificação representa o total respeito ao consumidor, restabelece a confiança em todos os elos da cadeia produtiva, agrega valor aos produtos e ainda incentiva a comercialização eletrônica, na qual não precisa haver a presença física do produto para que o mesmo seja escolhido para compra?, declara o diretor técnico da Ceasa de Curitiba, Manoel Lopes de Andrade Júnior.

A unidade da Ceasa da capital paranaense é considerada a maior do Paraná, tendo 3.834 produtores cadastrados, que se utilizam de 644 boxes para comercializar cerca de 715 mil toneladas de produtos por ano, o que gera recursos de aproximadamente R$ 650 milhões. Pelo local, passam diariamente mais de 15 mil pessoas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo
O conteúdo do comentário é de responsabilidade do autor da mensagem. Ao comentar na Tribuna você aceita automaticamente as Política de Privacidade e Termos de Uso da Tribuna e da Plataforma Facebook. Os usuários também podem denunciar comentários que desrespeitem os termos de uso usando as ferramentas da plataforma Facebook.