Foram anunciados ontem os nomes dos novos diretores da Casa de Custódia de Curitiba (CCC). O diretor anterior, Renato Ribeiro Perez, pediu demissão. O vice-diretor, Acir Felício Domingues, e o chefe de segurança, Levi Alves Setúbal, foram exonerados após sindicância que apurou denúncia de tortura e espancamento de presos na unidade. A Secretaria de Justiça informou que sete agentes penitenciários foram demitidos.
A denúncia veio à tona no dia 26 de junho. O relatório final sobre o caso, em que nove internos foram agredidos por agentes de segurança da CCC, foi entregue ao secretário de Justiça, Aldo Parzianello, na última sexta-feira.
Os três novos responsáveis pela CCC são funcionários de carreira do Depen (Departamento Penitenciário). Cíntia Bernadelli Dias foi nomeada diretora da unidade. Marcos Marcelo Müller é o novo vice-diretor, e Reinaldo Gonçalves da Silva, o novo chefe de segurança.
Desde que surgiu a denúncia, o diretor da Penitenciária Estadual do Paraná (PEP), Flávio Lopes Buchmann, havia assumido a CCC. Renato Ribeiro Perez pediu exoneração logo depois que começou a sindicância. “Não havia nenhum indício do envolvimento dele nesta irregularidade”, disse o coronel Justino de Sampaio Filho, coordenador do Depen. De acordo com Sampaio Filho, o vice-diretor Acir Felício Domingues e o chefe de segurança Levi Alves Setúbal foram exonerados porque não haviam tomado as providências necessárias para coibir e punir a agressão aos internos.
Sete agentes terceirzados, funcionários da empresa Inap, foram demitidos por participar da tortura aos presos. Eles responderão a processo criminal na Justiça comum.