Em épocas de férias muitas pessoas começam a planejar viagens com antecedência, porém, a revisão do carro acaba ficando sempre para a última hora. Por isso, nesse período do ano, as oficinas mecânicas ficam lotadas de veículos para a revisão. O volume de trabalho chega a aumentar em até 40%.
Mas a procura pelas oficinas também é grande por motoristas que não se preveniram e tiveram problemas durante a viagem. Dos 384 mil veículos que seguiram para o litoral do Paraná, em 2002, cerca de três mil sofreram alguma problema de pane mecânica ou tiveram que ser removidos por guincho. O proprietário da Mecânica de Automóveis Rauscher & Rauscher, Luís Carlos Hauscher diz que desde dezembro o serviço na oficina cresceu cerca de 40%. Ele comenta que os dias de maior movimento são nas segundas e sextas-feiras. “Na sexta é o pessoal que vai viajar e na segunda são os clientes que não fizeram a revisão e tiveram problemas na estrada”, comenta.
Já o dono da Mingo Auto-Elétrica, Sérgio Valeski, afirma que não observou um crescimento no movimento na oficina, mas sim, uma mudança no tipo de serviço. “Hoje, 40% dos que procuram a oficina vêm fazer revisão”, disse. Segundo ele, existem problemas que podem ser prevenidos com a manutenção, porém outros são imprevisíveis, como o superaquecimento do motor. Mas, ressalta Valeski, se o carro estiver com todos os equipamentos em ordem, as possibilidades de ocorrerem problemas são menores.
Regularidade
Quem procura manter o veículo sempre revisado acaba economizando. Quem afirma é o proprietário da Automecânica Bibe, Liverson Alcinei Rizzardi. “Hoje é muito mais barato fazer uma revisão do que pagar pelo serviço de guincho”, garante. Ele compara que para trocar, por exemplo, uma correia dentada o cliente gasta em média R$ 50,00 ? peça e mão-de-obra ?, enquanto o guincho do litoral até Curitiba não custa menos de R$ 300,00.
Para o despachante Aramis Secundino, manter o carro em ordem é uma forma de cuidar da sua vida e das outras pessoas que dirigem nas estradas. Ele afirma que sempre leva o veículo para verificar os itens principais, como freios, bateria e iluminação, porque também acredita que dessa forma sempre acaba pagando menos pelos serviços.
O dono da Automecânica Bibe diz que, apesar de o movimento ser grande, o número de pessoas que procuram pela manutenção vem caindo. Ele comenta que anteriormente nos meses de novembro e dezembro fazia cerca de oitenta revisões. Hoje esse número caiu para vinte revisões. O principal problema, comenta o mecânico, é que as pessoas que possuem carros novos pensam que o veículo não precisam de revisão. “E isso é um engano, pois até veículo zero pode apresentar alguma irregularidade”, afirmou. Rizzardi também diz que é importante o cliente procurar levar o veículo sempre no mesmo mecânico, pois além da agilidade, o trabalho acaba saindo mais barato. “Se eu já mexi em carro sei exatamente qual o tipo de problema e como resolver”, finaliza.