Três novas estações que garantem o tratamento de 100% esgoto coletado em Curitiba foram inauguradas ontem. As obras são do Projeto de Saneamento Ambiental do Paraná (ParanaSan). O programa também elevou o índice de coleta na capital. O serviço atende a 74% da população.

As obras para a ampliação dos serviços de esgotos começaram há dois anos, atendendo basicamente as bacias do Barigüi e Padilha nas regiões Oeste e Sul da Região Metropolitana de Curitiba. Os investimentos nestas obras chegaram a R$ 170 milhões. “É um dos maiores índices do Brasil. Curitiba é a primeira capital a tratar todo o esgoto coletado”, afirmou o governador Jaime Lerner. Segundo ele, em 1995, a capital tinha apenas 30% do esgoto coletado e somente 50% era tratado.

Esta primeira fase de obras de esgoto compreende mil quilômetros de rede coletora, 51 mil ligações domiciliares e três novas estações de tratamento de esgotos (ETE) – a CIC/Xisto, no bairro Campo de Santana, e a Padilha Sul, no Bairro Novo, em Curitiba. A ETE Tamandaré, no município de Almirante Tamandaré, é a terceira estação do complexo.

Capacidade

A Estação de Tratamento CIC/Xisto terá capacidade total de tratar 600 litros de esgoto por segundo, atendendo a uma população de 332 mil pessoas. A unidade de Tamandaré vai atender 37 mil pessoas, com a capacidade de tratar 70 litros por segundo. Essas duas estações contribuirão para a recuperação ambiental de toda a bacia do Rio Barigüi. “Os rios deixam de receber esgotos sanitários sem tratamento”, afirmou Carlos Afonso Teixeira de Freitas, presidente da Sanepar.

A ETE Padilha Sul vai tratar todo o esgoto produzido pela população residente na bacia do Ribeirão dos Padilhas. São cerca de 235 mil pessoas. A estação tem capacidade para processar 440 litros de esgoto por segundo. Os efluentes (esgoto já tratado) serão lançados no próprio Ribeirão, já na confluência com o Rio Iguaçu. A ampliação do sistema de esgotamento sanitário faz parte do cronograma de obras do ParanaSan. O investimento total previsto é de R$ 800 milhões, financiados pelo Japan Bank for Internationl (JBIC). Até agora, foram aplicados R$ 353 milhões.

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