Cansaço marca último dia do vestibular da PUC

Vestibular normalmente desgasta física e emocionalmente os candidatos. No vestibular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), que terminou ontem, houve uma peculiaridade: as provas foram realizadas durante a tarde de terça-feira e todo o dia de ontem. Os candidatos tiveram que se desdobrar para responder as questões de Geografia, Física e Química durante a manhã e de Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e Língua Estrangeira à tarde. Além disso, mais duas redações tiveram que ser escritas entre 14h50 e 18h30.

Na prova de ontem, um erro na impressão causou um pequeno transtorno, logo solucionado. Num dos quatro modelos de prova, a ordem das alternativas na questão 22 era A, D,B,C e E e não A,B, C, D e E como deveria ser. Segundo a PUCPR, os estudantes foram avisados e não aconteceram maiores problemas. Para o candidato Lucas Marsolik, 17 anos, que concorre a uma vaga no curso de Educação Física, a jornada dupla de provas foi desgastante. Mesmo assim, ele se mostrou confiante. "Hoje foi sossegado, mas a prova na Federal foi mais fácil do que aqui", afirmou.

Luiza Sviesk Sprung, 16 anos, está tentando uma vaga em Medicina, um dos cursos mais concorridos da instituição. Ela achou que a prova foi tranqüila. Mesmo assim criticou algumas exigências da PUCPR. "Muita decoreba. Tinha detalhes inúteis demais", afirmou. Luiza irá prestar ao todo quatro vestibulares este ano.

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Estudante lamenta atraso e eliminação. Sobraram reclamações.

As amigas Manoela Pugliesi Vasques, 17 anos, e Renata Araújo Lima Monteiro, também de 17, tentam vagas no curso de Publicidade e Propaganda. As duas já têm vagas garantidas, respectivamente, na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e no Centro Universitário Positivo (UnicenP), por isso fizeram as provas com menos afobação. "Achei Física e Química difícil", afirmou Manoela. Já Renata disse que a prova de Português estava bem fácil.

A previsão é de que o resultado do vestibular da PUCPR seja divulgado até 12 de janeiro.

Reclamação

A professora Nice Valéria Ramo, mãe da vestibulanda Karine Ramos Oga – que pretendia uma vaga em Fisioterapia – procurou a reportagem reclamando da organização do concurso e da Diretran. Como pela manhã o congestionamento no Prado Velho era grande, sua filha foi caminhando um trecho até chegar no local de prova. Não chegou a tempo e não pode realizar as provas. Nice procurou a comissão do vestibular tentando justificar o atraso de quatro minutos. Nesse momento, deixou o carro com o pisca alerta funcionando estacionado em frente à PUCPR. Acabou sendo multada. "A Diretran não serviu para organizar o trânsito para eu chegar em tempo. Já a PUCPR não teve bom senso para deixar minha filha fazer a prova", reclamou.

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