Candidatos recebem pauta de proteção aos animais

Candidatos a prefeito e a vereador de Curitiba e Região Metropolitana receberam ontem reivindicações para a defesa de políticas de proteção ambiental. A pauta de sugestões sobre o tema foi apresentada pela organização não-governamental Movimento SOS Bicho e pela Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Entre as propostas estavam a implantação de um código municipal de proteção aos animais; um projeto de educação ambiental; a proibição do uso de animais para pesquisa em universidades e a aprovação do projeto de lei que prevê o registro da identidade animal, além do cumprimento da lei que prevê controle e esterilização de animais.

Essas propostas devem ter o comprometimento dos aspirantes a prefeito ou a vereador, de acordo com o promotor de Justiça Sérgio Luiz Cordoni. “Cada cidade tem questões específicas quanto a animais. Algumas têm o problema dos pombos e cachorros de rua, outras a questão dos cavalos de carrinheiros. Nas áreas rurais, há casos de infestações de morcegos. Tudo isso precisa estar na pauta dos políticos”, acredita Cordoni.

Embora Curitiba já tenha algumas políticas públicas de proteção animal, como a lei que proíbe animais em circo ou as restrições a cães de aluguel, a presidente do movimento SOS Bicho, Rosana Gnipper, criticou a falta de políticas efetivas sobre o tema.

“A política que Curitiba sempre adotou em relação aos animais é equivocada, de recolhimento e sacrifício. Queremos a implantação de programas permanentes de proteção à vida animal, não apenas campanhas isoladas”, afirmou.

Em 2005, por meio de ação civil pública, foi fechada a câmara de gás destinada ao sacrifício de cães e gatos. “Temos mais de três anos sem uma medida efetiva para combater a superpopulação, com um número de esterilizações irrisório”, criticou.