Candidatos a guarda municipal reclamam de concurso

Candidatos que participaram da segunda fase do concurso para o cargo de guarda municipal, em Curitiba, no último fim de semana, reclamam da desorganização das provas. Duas mil pessoas realizaram os testes de aptidões físicas, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), sendo que alguns tiveram que esperar até 4 horas entre uma prova e outra, permanecendo no local mais de 10 horas. O valor cobrado para a inscrição foi de R$ 50,00.

Para a primeira fase se inscreveram 5.221 candidatos e destes 2.500 foram classificados para a segunda. Duas mil pessoas já fizeram os testes e as demais devem fazer no próximo sábado. Jucélia de Jesus Ribas, que fez as provas no último fim de semana, é só reclamações. No sábado participou de dois testes, sendo que o de velocidade ficou para ser feito no domingo com outras três modalidades. Ela chegou às 10h e só fez a prova às 16h e a avaliação marcada para este horário foi finalizada às 19h20. Mas acabou indo embora às 21h30 e ainda saiu sem fazer uma das provas.

Segundo ela, no domingo a lanchonete do local não tinha mais lanche às 11h30 e os candidatos não podiam sair dali para comer. Ela também diz que as fichas foram misturadas e não se sabia em que fila deveria ficar e nem que prova seria realizada em seguida. “Como a gente ia ter um bom desempenho, sem comer, com frio e estressado por esperar horas e horas?”, questiona.

Outro problema levantado foi o fato de ter que apresentar atestado médico para realizar as provas. “Os postos de saúde não queriam realizar os exames. Muita gente que já estava desempregada teve que pagar consulta”, diz. Valmir Soares de Carvalho também teve dificuldade com os exames médicos. “O SUS não paga esse tipo de exame”, diz. Segundo ele, também houve falhas no atendimento médico e muitas pessoas se machucaram e não foram socorridas. “Estava tudo muito confuso, ninguém sabia informar nada”, reforça.

Cefet

O concurso foi organizado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR). O presidente da Comissão Organizadora, Robson Rúbio Rodrigues, informou que os atrasos no domingo ocorreram porque dois aparelhos usados nas provas do remo quebraram. O prazo de testes não foi ampliado porque foi seguido o edital do concurso feito pela prefeitura. Quanto ao atendimento médico ele informa que havia médicos de plantão e a lanchonete no domingo funcionou até as 18h.

Segundo a assessoria da prefeitura de Curitiba, já foi pedido à comissão organizadora um relatório sobre o acontecido no sábado e domingo e se for constatado algum problema, serão tomadas as devidas providências.

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