Camisinhas: máquinas não foram instaladas

Depois do anúncio e de toda a polêmica em torno do projeto da máquina de distribuição de camisinhas nas escolas públicas de todo o País, o Ministério da Saúde ainda não tem previsão de quando os aparelhos devem ser implantados efetivamente nas instituições. A intenção do governo federal é que a distribuição de camisinhas aconteça simultaneamente a um trabalho de educação sexual nas escolas.

O anúncio da proposta do governo federal foi divulgado por O Estado no início de janeiro de 2008 e, na ocasião, a intenção do Ministério da Saúde era testar as máquinas ainda no ano passado. Nesta semana, questionado sobre o andamento do projeto, o Ministério da Saúde informou que o protótipo da máquina deve ser entregue até o final deste ano para que os primeiros testes sejam feitos e, por meio de sua assessoria de imprensa, admitiu que houve atraso na confecção do protótipo.

A distribuição nas escolas, porém, continua indefinida. Também não se sabe onde os primeiros testes serão feitos e, depois, quais cidades e escolas receberão as máquinas.

Semelhante à máquina de refrigerantes, que funciona com fichas, o protótipo da máquina de camisinha, que já deveria estar pronto, está sendo aperfeiçoado por uma equipe de professores e estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) da Paraíba, que firmou acordo com o Ministério da Saúde para aprimorar o dispensador, visando sua futura produção em larga escala.

No final de março deste ano, técnicos do Departamento de Economia da Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde, assistiram à apresentação do professor José Aniceto Duarte e dos estudantes do ensino superior que estão trabalhando desde outubro de 2008 para aprimorar a máquina.

De acordo com informações divulgadas pelo Cefet, as mudanças no mecanismo estão sendo feitas para que a máquina se torne mais leve e tenha menor custo. A estimativa inicial do ministério é que o custo de cada máquina seja de R$ 400, quando passarem a ser fabricadas em escala industrial.

Pesquisas do Ministério da Saúde revelavam, no ano passado, que na primeira relação sexual, mais de 30% das meninas afirmaram que não usaram camisinha porque confiaram nos parceiros. Entre os meninos, apenas 7% tiveram o mesmo comportamento.

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