Brinquedos educativos ganham mais adeptos

Foi-se o tempo em que os brinquedos educativos se restringiam a meia dúzia de opções, a maioria delas fosca e sem graça. Cada vez mais a linha educativa vem se expandindo, ganhando cores, formas e uma legião de simpatizantes. É verdade que os brinquedos eletrônicos ainda respondem por grande parte das vendas, mas os educativos estão ganhando espaço entre adultos e crianças.

“O brinquedo educativo ajuda no desenvolvimento da imaginação, a interatividade com outras crianças”, aponta a pedagoga Mariza Andrade Silva, pós-graduada em educação infantil. “Pessoalmente não concordo com brinquedos como armas, porque podem estimular a violência”, acrescenta.

“A linha educativa trabalha com o lado lúdico, a criatividade, o raciocínio”, afirma a executiva de vendas Rosilene Ferreira, que deve presentear seus cinco sobrinhos com brinquedos educativos no próximo domingo, Dia das Crianças. “Sempre procuro comprar brinquedos nessa linha, como os de formas geométricas, letras, aqueles que mexem com a coordenação motora”.

Pais orientam

O professor de Educação Física Silvano Kruchelski conta que também não abre mão da linha educativa na hora de presentear os filhos: uma de sete anos e outro de 11. “Sempre evitei comprar armas, espadas”, conta. O que no início era uma escolha do pai passou a ser assimilado pelas crianças. “Meus filhos tomaram gosto pelos brinquedos educativos e agora até pedem brinquedos como o lego”, diz. Para ele, os pais têm papel fundamental na hora de presentear os filhos.

“Prefiro os brinquedos educativos, já que com eles além de a criança estar brincando ela também está aprendendo”, opina assistente administrativa Ivaldete Castro, que deve presentear a filha Rebeca, 5, com algum brinquedo da linha. “Devo comprar algum brinquedo educativo ou um livro”, adianta Ivaldete, acrescentando que outra vantagem da linha é a durabilidade.

Opções e preços variados

Opções não faltam no mundo da linha educativa. São jogos de montar, peças de madeira, camisetas para colorir, piões e até teatro de bonecos. Na ABC Brinquedos Inteligentes, a procura é bem grande, especialmente por turistas estrangeiros. “Muitos clientes europeus sabem o valor da madeira e do artesanato. Os brasileiros estão tomando consciência só agora”, acredita a proprietária da loja, Laura Ferraro. Segundo ela, é possível comprar um brinquedo educativo gastando pouco: um ioiô de madeira custa R$ 6,50; um pião, R$ 9,90 e um bilboquê, R$ 8,50. Há também os mais caros, como o teatro de fantoches, por R$ 74,00 e a barraca de índio por R$ 60,00.

Marcas conhecidas como a Estrela e Grow também apostam nesse ramo. “É uma linha menor, mas em relação a outros tempos a procura está sendo maior”, conta a gerente da loja de brinquedos Bumerangue, Cristina Zgoda. Na linha dos educativos, o mais barato custa R$ 11,90 (kit de madeira para montar) e os mais caros chegam R$ 349,00 (minicidade ou mini-fazenda para montar). Apesar de o preço parecer salgado, não é tanto se comparado, por exemplo, a uma boneca Barbie vestida com traje de alta costura e ao preço de R$ 250,00. (LS)

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