Bombeiros alertam para os riscos de afogamentos nas cavas

Este ano o Corpo de Bombeiros já registrou três afogamentos em rios e cavas na Região de Curitiba e, pelas estatísticas, estes foram apenas os primeiros casos de muitos que ainda devem ocorrer. Em 2001 foram 60 mortes no Estado e no ano passado, 51. A maior parte dos acidentes ocorreu em rios e lagos, mas as cavas também apresentam um sério risco para a população.

A maioria das vítimas são jovens que procuram rios, lagos e cavas para se refrescar nos dias mais quentes. Geralmente os pais não sabem que os filhos freqüentam esses lugares. O tenente Itamar Barreto da Mota aconselha os responsáveis pelos adolescentes a conversar mais e alertá-los sobre o perigo que estão correndo.

Ele diz que as cavas são verdadeiras armadilhas devido ao fundo irregular. No último dia 4, um rapaz de 16 anos e outro de 18 morreram em uma cava em São José dos Pinhais. “Você dá um passo e pode cair num buraco de três a quatro metros”, diz. Além do terreno irregular há vários objetos no fundo como pneus e aros de bicicleta. As algas que crescem nestes locais também são um perigo. “Elas podem esconder animais e crianças pequenas podem ficar presas”, explica. Outro problema são as cavas que têm fundo de argila. O tenente diz que uma vez resgatou o corpo de um rapaz que ficou com a cabeça e os braços presos no fundo.

Com relação aos rios, os mergulhos e saltos de pontes e pedras são os que mais fazem vítimas. O tenente diz que é comum as pessoas brincarem em um determinado local em um ano e em outra temporada procurar o mesmo lugar. Mas depois de tantos meses a correnteza pode mudar as pedras de lugar e ainda arrastar galhos e tronco de árvores. O mergulho sem uma vistoria no local pode ser fatal. Outra situação perigosa e comum é os pais deixarem crianças brincando sozinhas em locais que parecem seguros. “Pode aparecer um bicho, ou até um jacaré e levar a criança para o fundo”, diz o tenente.

Ação da prefeitura

“Estamos intensificando as rondas da Guarda Municipal da capital, em parceria com a Polícia Militar, para manter a redução dos afogamentos em janeiro”, afirmou o administrador da Regional Boqueirão, Francisco Carlos da Silva.

Em todo o Parque Iguaçu, incluindo a parte de Pinhais, Piraquara e São José dos Pinhais, foram registrados nove casos de afogamentos em janeiro de 2002 em janeiro de 2001 foram 13 casos. A grande extensão do Parque e a insistência das pessoas em mergulhar nas cavas dificultam a vigilância. A prefeitura mantém 12 placas proibindo o banho nesses locais.,

Dicas dos bombeiros

Respeite o período de duas horas após as refeições. Nunca salte de pedras ou estruturas artificiais como pontes. As crianças devem estar sob a supervisão de adultos. Nunca superestime a sua capacidade física. Saiba que os rio além do perigo da correnteza podem conduzir entulhos como lixo, galhos de árvore.O fundo das cavas são irregulares podendo apresentar grandes profundidades.

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