Boca Maldita foi palco de protesto anti-Bush

Curitiba não ficou de fora do movimento de protesto contra a visita do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao Brasil. Ontem cedo, um grupo de protestantes liderados pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) foi à Boca Maldita gritar palavras de ordem contra o líder norte-americano. Na sexta-feira, os protestos já haviam tomado conta de Brasília, Salvador, Campo Grande, Rio de Janeiro, Porto Alegre e João Pessoa. Ontem, além de Curitiba, as manifestações contra Bush aconteceram em São Paulo, Natal, Fortaleza e Belém e continuam amanhã em Belo Horizonte e terça-feira em Porto Velho. "Não fizemos um movimento isolado. Há mobilização em todo o Brasil, justamente para que a força da união faça o repúdio chegar até ele", diz Gustavo Erwin, coordenador dos Movimentos Sociais.

Nos panfletos distribuídos aos transeuntes e nos brados ao microfone, os manifestantes pediram a saída de Bush do País, mesmo levando-se em conta que ele permanecerá apenas 24 horas em solo brasileiro. "Ele é o símbolo do massacre dos povos do Iraque, Afeganistão e Palestina, da dívida externa ilegal e imoral e imposição da área de livre comércio. Nós dizemos não à agressão imperialista", afirmou Erwin.

Fogueira

O auge do protesto aconteceu por volta das 11h, quando estudantes ligados à União Paranaense dos Estudantes

(UPE) e militantes do PC do B queimaram uma bandeira dos Estados Unidos, pichada com a suástica nazista.

"Nosso protesto é símbolo da luta contra o imperalismo e a favor da democracia", disse o presidente do PCdoB, Joel Benin. Ele e os estudantes filiados à UPE condenam especialmente as tentativas de imposição de Bush da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Para o grupo, as manifestações ocorridas na Argentina contra a presença de Bush naquele país mostra sinais de uma movimento concentrado, que há muito tempo não ocorria na América do Sul.

Esquema de segurança nunca visto

Brasília (AE) – O esquema de segurança para o presidente Bush e sua imensa comitiva, que fechou dois hotéis em Brasília, foi reforçado pelo Exército. Unidades de Artilharia Antiaérea foram instaladas em vários pontos da cidade. Atiradores de elite foram espalhados a partir da base Aérea de Brasília. Além dos 1.200 homens da PM, outros 500 da Polícia Federal e do governo norte-americano estarão trabalhando diretamente na segurança do presidente Bush.

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