Benzedeiras trabalham duro em Campo Largo

Hoje é Sexta-feira Santa, dia que para os cristãos representa a morte de Jesus Cristo. E numa data marcada pela crença e pela fé, na qual os fiéis cumprem rituais como não comer carne vermelha, muitos acreditam que as vibrações do dia trazem com elas o poder da cura.

Em Campo Largo, já é tradição: a data representa um duro trabalho para as benzedeiras, que fazem rezas e simpatias para curar todos os tipos de doenças, mas em especial as respiratórias. Na estrada D. Rodrigo, n.º 1286, Joana Barausse, mais conhecida como Joana Benzedeira, recebe mais de mil pessoas a cada Sexta-feira Santa. O trabalho começa à meia-noite e vai até as 18h de hoje.

Católica fervorosa, ela conta que já faz benzimentos há 40 anos, mas que há oito passou a fazer um atendimento especial na data. ?Tradicionalmente, o dia é ideal para a cura da bronquite. Mas recebemos todos os tipos de doentes?, assegura.

Para sustentar a eficiência da reza no tratamento, ela assegura que muitas doenças são de fundo espiritual. A alma doente acaba refletindo os sintomas no corpo. ?Há uma linha da medicina que acredita que a maioria das enfermidades tem um fundo psicológico e espiritual. Acreditamos no poder da fé?, diz.

O atendimento de Joana não se restringe aos adultos. Boa parte dos que procuram ajuda são pais de crianças enfermas. Além de Joana, quem também faz o trabalho de benzedeira na cidade é Isolina Zanrorenzi Perússolo. Ela vai receber os fiéis na Escola Municipal Reino da Loucinha, na Rua Centenário. Para atender a demanda, que chega a 4 mil pessoas, ela já iniciou ontem a distribuição de senhas. 

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