Bênção dos capuchinhos atrai 20 mil

Os frades capuchinhos da Igreja Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba, promoveram ontem a tradicional bênção do carros. Cerca de 20 mil pessoas foram até a igreja, na Avenida Manuel Ribas, pedir proteção aos motoristas e veículos. Esse ano, completam-se 51 anos que o ritual é praticado.

De acordo com frei Moacir Antônio Nasato, a cada ano aumenta o número de pessoas que vão até a igreja receber a bênção. “Eles vêm em busca de um sinal sagrado da proteção divida”, comenta o frade. Este ano, para organizar o fluxo de veículos nas proximidades da igreja, a bênção também foi concedida nas ruas Alcides Munhoz e Júlio Perneta, laterais da paróquia. Ao todo 22 religiosos participaram dos trabalhos, um número maior que no ano passado. “Esse ano temos mais frades ajudando para que possamos fazer um revezamento nos trabalhos”, explicou frei Moacir.

O capuchinho comenta que o tradição de benzer os carros começou com frei Nereu José Bassi, hoje com 83 anos. O ritual fazia parte das atividades da festa de São Cristóvão ? padroeiro dos motoristas ?, em julho. Com a construção da paróquia São Cristóvão, no bairro de Vila Guaíra, as bênçãos foram transferidas para o novo local. Porém, os freis capuchinhos resolveram manter a tradição na paróquia das Mercês, instituindo como data a primeira sexta-feira de cada ano. “Além da bênção dos carros, os frades também recebem os fiéis na igreja para bênçãos individuais, confissões e aconselhamentos”, disse frei Moacir. Os trabalhos são realizados sempre das 6h às 21h.

Tradição

Para muitos motoristas, o ato de benzer o carro é um ritual seguido há vários anos. O jornaleiro Dorival Carneiro vem buscar a bênção com os capuchinhos há vinte anos. “Venho aqui todos os anos porque acredito em Deus e me sinto bem fazendo isso”, afirmou. Para o advogado Júlio Lopes, a fé sempre atrai mais proteção e é por isso que ele, há seis anos, participa do ritual de benção dos carros.

Já a veterinária Bianca Borba afirma que o ato de benzer o carro é um costume durante todo o ano. “Independentemente da data, sempre trago o carro aqui”, comenta. Segundo ela, a força divina só não vai adiantar se o carro não for conduzido por um bom e cuidadoso motorista.

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