Na noite de segunda-feira os bailes públicos e de clubes animaram os foliões em Curitiba. As ruas da cidadania do Pilarzinho, Bairro Novo e Fazendinha ficaram lotadas de gente que queria dançar com o Rei Momo e a rainha do carnaval curitibano. Já o Paraná Clube recebeu cerca de 2500 pessoas e foram as velhas marchinhas que deram o tom à festa.
Na Rua da Cidadania da Fazendinha, cerca de 3 mil pessoas pularam o Carnaval no ginásio de esportes embalados pelo som da banda Le Figarro. Mas a festa só esquentou mesmo quando o rei Momo, João A. Pereira de Mattos, acompanhado da rainha, Melissa Ferreira, e das princesas Vanessa Valeri de Castro e Maria de Lima subiram ao palco.
No Paraná Clube, o folião Alan Cadel também não dispensou a fantasia. Ele adora o personagem principal do filme Pânico e resolveu imitá-lo. “Mas aqui só vim para dançar, nada a ver com o personagem”, explicou.
Mas a noite não era só de gente grande, muitos pequenos perambulavam pelo salão com pais, mães, tios e avós. Marilene Carvalho de Lima, de 47 anos, estava cantando e dançando junto com a neta Pâmela de Lima Mariano, 4. Ao ser questionada se não era hora da netinha estar em casa dormindo, ela respondeu: “Não, é hora de brincar.” Também tinha criança participando da folia ainda na barriga da mãe, caso de Célia de Fátima, 26, às vésperas de ganhar o bebê. “O médico disse que é saudável, posso trabalhar e festar”, comentou.
Apesar de toda a alegria, o diretor do clube, Nelson Pinheiro, reclamou do movimento. Em anos anteriores, quando não tinha trio elétrico nas praias os salões dos clubes lotavam. “O baile era promovido no ginásio de esportes. Com o tempo é que veio para o salão de festas”, comparou.
Crianças e adultos na matinê
Lyrian Saiki
A chuva que caiu na tarde de ontem, em Curitiba, não desanimou os foliões mirins que lotaram o salão do Paraná Clube. A estimativa da direção do clube era reunir cerca de 5 mil pessoas até o fim da tarde. “A chuva atrapalhou um pouco no início, mas as pessoas vieram ao clube assim mesmo”, comentou o gerente social Luiz Carlos Casagrande, o Casinha.
Com o tema Carnaval de Máscaras, o Paraná teve uma matinê bem animada, ao som de muito axé, hits do momento ? como Egüinha Pocotó e Dá, dá, dá, as mais pedidas pelas crianças – e marchinhas. “A gente está tentando resgatar o carnaval de alguns anos atrás, com as tradicionais marchinhas. Até o tema está relacionada ao pierrô, serpentina”, explicou Casinha. Para o Carnaval 2003, o clube investiu cerca de R$ 60 mil – quase R$ 10 mil a mais que no ano passado. “A gente aumentou o quadro de funcionários”, justificou o gerente.
Indiazinhas, melindrosas, bailarinas, piratas, Brancas de Neve e odaliscas lotaram o salão do Paraná Clube. Para Tiago Marcelo Parisotto, de 2 anos e meio, a folia do Carnaval era novidade. Foi a primeira vez que ele participou do baile, ao lado da mãe Célia e do pai Wilson. “A gente quer acostumá-lo desde pequeno a ir a bailes de Carnaval”, contou o pai da criança. Fantasiado de Aladim, Tiago não escondia a alegria de brincar com os confetes e serpentinas.