Avaliação médica pode evitar morte súbita nas corridas de rua

Dados da Secretaria de Esporte e Lazer de Curitiba afirmam que, a cada ano, cresce em 10% o número de adeptos às corridas de rua na cidade.  Com o crescimento da modalidade, surge a preocupação com os atletas que iniciam a prática de exercícios sem antes visitar um médico.

De acordo com o especialista em Clínica Médica, credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais, Carlos Sperandio, “as mortes súbitas de atletas profissionais e amadores durante provas ainda existem, mas é um problema que pode ser superado”.

Sperandio defende que uma avaliação universal do histórico familiar e um exame direcionado é o mais indicado para definir quem precisa de uma avaliação detalhada.  “Um exame clínico completo é o suficiente para a maioria dos atletas. Exames complementares, mesmo simples, como o eletrocardiograma, não precisam ser feitos em todos os iniciantes”, afirma.

Avaliação médica

Se o atleta tem casos de morte súbita ou doenças cardíacas na família, histórico de dores ou desconfortos no peito, desvios acentuados de coluna ou pouca massa muscular é indicado que seja acompanhado por profissionais de educação física, fisioterapia e nutrição. Ainda, segundo Sperandio, “uma boa avaliação médica inicial consiste na detecção de sinais osteomusculares que possam sinalizar algum tipo de predisposição de lesão”.
 
Ao identificar quais os cuidados e limites que cada atleta deve ter, abrem-se as oportunidades para novos desafios. A modalidade triathlon, por exemplo, que pode ser uma possível evolução da corrida de rua, integra três esportes: natação, corrida e ciclismo. Neste caso, é necessária uma avaliação clínica completa, englobando a análise do aparelho cardiovascular. “Consultar um médico não pode ser negligenciado”, alerta Sperandio.