Autoridades questionam spray anti-radar

Sprays e películas que prometem “enganar” os radares de velocidade, com um componente que reflete o flash da câmara fotográfica, impedindo a identificação da placa, podem não surtir o efeito desejado. De acordo com o diretor de trânsito da Diretran, Lanes Randal Prates, em Curitiba não há registro de leituras de radares que tenham sido prejudicadas por qualquer material. “Já fizemos testes no passado, tanto com sprays como com películas, e o resultado é que o número da placa ficava ainda mais enfatizado”, afirmou.

Segundo o site que comercializa o spray, a fórmula do produto importado é composta de “raros polímeros que realçam e refletem a luz do flash de câmeras especializadas”. A eficácia, segundo o site, é 100% comprovada, e os preços variam de R$ 90,00 (frasco com 60 ml, suficiente para 90 dias) a R$ 270,00 (frasco com 250 ml, suficiente para 360 dias). O site alega ainda que “o tratamento é totalmente invisível a olho nu, não alterando legalmente as condições de legibilidade”.

O coordenador de veículos do Detran-PR, Cícero Pereira da Silva, afirmou que a instituição não tinha conhecimento dos produtos e disse que o caso pode ser comunicado ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e à Polícia Federal. Segundo ele, o condutor que for flagrado utilizando o produto incorre em duas infrações: placa em desacordo com as especificações e utilização de dispositivo anti-radar. A primeira infração (média) prevê multa de R$ 85,13, retenção do veículo para regularização e perda de quatro pontos, enquanto a segunda (gravíssima), multa de R$ 191,54, apreensão do veículo e perda de sete pontos na carteira de habilitação.

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