Autores e editoras aflitos com a pirataria de livros

As editoras perdem anualmente R$ 350 milhões com cópias ilegais de livros, conforme estimativa da Associação Brasileira para a Proteção dos Direitos Editoriais e Autorais (ABPDEA). As editoras de livros técnicos e didáticos são as mais prejudicadas. No Paraná, mais uma denúncia de pirataria de obras surgiu na tarde de ontem, prejudicando autor e editora.

Informações sobre cópias ilegais da obra de uma advogada de Maringá estão sendo levantadas pela Editora Juruá, responsável pelo título. Lara Cristina de Alencar Selem descobriu, por intermédio de colegas profissionais, que a obra de sua autoria Estratégia na Advocacia: Planejamento para Escritórios de Advocacia – Uma Ferramenta para Competir, da Juruá Editora, está sendo pirateada.

As cópias ilegais do livro estariam sendo oferecidas sob forma de e-books e CD por uma empresa de Porto Alegre, que atende pela razão social Editora Polisoft Consultoria Ltda. Selem informou que está buscando dados como endereço correto da empresa e telefone.

No caso do seu livro, o procedimento para aquisição da cópia falsificada é bem simples. O spam (tela de divulgação da Internet) da empresa Polisoft instrui o interessado para realizar um depósito do valor de R$ 49 na Caixa Econômica Federal (CEF), agência 0526, de Uruguaiana-RS e conta-corrente 79909-4. Depois, ainda segundo instruções do spam, a pessoa envia por e-mail o comprovante com o número da autenticação do depósito bancário, endereço e nome completo. No spam, há ainda a indicação de dois e-mails de contato dos falsificadores: malal7@hotmail.com e mail7@bol.com.br.

Segundo a advogada, mesmo com esses e-mails, não é possível entrar em contato com os possíveis falsificadores. “Junto com a editora, estamos atrás de novos dados sobre a empresa, mas até agora não conseguimos. Somente com novas informações poderemos tomar as providências jurídicas”, explicou.

Ernani Pacheco, um dos diretores da Editora Juruá, afirmou que as dificuldades de obter informações estão atrapalhando o andamento da investigação. Ele ressaltou que não há como entrar na Justiça sem apresentar provas concretas. “Nós solicitamos o produto da empresa, mas até agora não tivemos nenhuma notícia”, conta. Ele também afirmou que conta com o apoio da ABPDEA para solucionar o problema.

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