Tragédia na estrada

Automóvel é esmagado por dois caminhões na BR-116

Duas mulheres, uma delas grávida de 3 meses, morreram, por volta das 11h30 de ontem, prensadas dentro do carro por duas carretas no quilômetro 102,5 da BR-116, no Contorno Leste, sentido sul, em São José dos Pinhais. As vítimas, Talita Paola de Andrade, 28 anos, e Renata Karla Rattmann, 26, morreram na hora.

Os motoristas dos caminhões não se feriram e foram encaminhados para a delegacia da cidade. Um deles foi preso, indiciado por homicídio culposo. Informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) são que o caminhão conduzido por César Alves de Brito perdeu o freio e esmagou o Corsa AHA-0683 das vítimas contra o caminhão-baú que estava na frente. A carreta estaria em alta velocidade.

As vítimas, ficaram encarceradas no veículo, que ficou totalmente destruído.
Por volta das 13h30, bombeiros e policiais rodoviários trabalhavam na retirada dos automóveis da pista. O congestionamento chegou a 10 quilômetros.

Celular

Durante o atendimento, um dos policiais atendeu o celular que tocava dentro do Corsa. “Perguntaram porque foi um policial quem atendeu. Informamos, então, que havia ocorrido um acidente grave”, disse o policial Alves. Peritos do Instituto de Criminalística vão avaliar se houve imprudência ou problema mecânico no caminhão.

A carreta que ia atrás do carro era um Volkswagen 18310 da operadora logística JSL, que tem filial em São José dos Pinhais. O caminhão estava carregado com autopeças. César era terceirizado, de acordo com informações da assessoria de imprensa da JSL. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e informou que está contribuindo para o esclarecimento dos motivos do acidente, a fim de tomar todas as providências cabíveis.

Fiança

O delegado Guilherme Rangel, da Delegacia de São José dos Pinhais, disse que ouviu os dois caminhoneiros e César foi indiciado por homicídio culposo, sem intenção de matar. “Além de responder pelo crime, foi arbitrada fiança de R$ 12.440,00, correspondente a 20 salários mínimos. Os familiares das vítimas não entendem como um caso como esse pode ser aplicada uma fiança e o motorista ser liberado, mas isto esta determinado na Constituição”, explicou o delegado. O outro motorista, que não teve o nome divulgado, foi liberado.