Autoescolas: negociação empacada pode gerar greve

Trabalhadores de autoescolas de todo o Paraná não descartam a possibilidade de uma paralisação de suas atividades no mês de junho caso a negociação com a entidade que representa os donos dos estabelecimentos não avance. Na última quinta-feira, nenhum representante do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores participou da reunião na Superintendência Regional do Trabalho. A entidade encaminhou sua contraproposta no dia anterior.

No sábado, em assembleia, a categoria decidiu manter a pedida de 40% de aumento salarial e 100% de reajuste nos valores da hora-aula. Atualmente, o piso é de R$ 667,00 e os funcionários recebem R$ 2,50 por aula. “Também pedimos que sejam incluídos na convenção de trabalho os pagamentos das aulas de moto, ônibus, carreta e caminhão”, informa a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Autoescolas e dos Trabalhadores em Despachantes de Veículos do Estado do Paraná (Sintradesp/PR), Arminda Móia Martins.

Segundo ela, a contraproposta do sindicato patronal – 3% de aumento real, além da reposição inflacionária, totalizando 8,64% de reajuste – está muito aquém do desejado pela categoria. “Estamos querendo marcar mais uma rodada de negociação e esperamos que eles estejam presentes, mas se até junho não fizerem uma proposta melhor, há possibilidade de paralisação dos serviços”, avalia. Procurado pela reportagem, o Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores não retornou o pedido de entrevista.

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