Aumento da passagem assusta usuários

Usuários do sistema de ônibus da Região Metropolitana de Curitiba estão pagando mais caro pela passagem. O reajuste ocorreu na última sexta-feira, mas foi ontem, no primeiro dia útil do mês de maio, que a população realmente sentiu no bolso as conseqüências do aumento.

No terminal Guadalupe, em Curitiba, os novos preços eram o assunto principal entre grande parte dos passageiros que esperavam nas filas. “A tarifa sobe e a população nunca é consultada. Ninguém pensa no bolso dos trabalhadores. É um absurdo!”, dizia o motorista Reinaldo Corrêa, que quase diariamente pega ônibus para Campina Grande do Sul.

Na maioria das linhas, a passagem teve aumento de R$ 0,15, passando de R$ 1,55, R$ 1,65 e R$ 1,70, respectivamente para R$ 1,70, R$ 1,80 e R$ 1,85. “R$ 0,15 parece pouco, mas faz bastante diferença no final do mês. Quem mais sofre são as pessoas que precisam se locomover todos os dias da Região Metropolitana para Curitiba”, comentou a dona de casa Terezinha Rodrigues, que todas as semanas precisa se deslocar de São José dos Pinhais para a capital.

Segundo o usuário Jovelino Videgal, que está desempregado, o salário da maioria da população não dá conta de tantos aumentos. “Nos últimos tempos, além da tarifa de ônibus, subiu o preço da gasolina e da cesta básica. De R$ 0,15 em R$ 0,15, a situação econômica das pessoas vai ficando cada vez mais complicada”, criticou.

Devido ao aumento, Jovelino – que tem quatro filhos pequenos para sustentar e três vezes por semana precisa se deslocar para Curitiba – irá gastar R$ 0,90 a mais com transporte por semana. No mês, a despesa a mais é de R$ 3,60. “Para mim, que estou sem emprego, R$ 3,60 faz uma diferença incrível, pois tento economizar em tudo que posso”, queixou-se.

Comec

Segundo o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o último aumento da tarifa aconteceu em julho do ano passado. Nesse período de tempo, subiu o salário dos motoristas, o preço do diesel, o valor da carroceria e dos pneus, tornando necessário um novo aumento. “Ainda assim, nosso reajuste foi menor que o aplicado nas integradas (linhas) de transporte”, comentou.

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