Aumenta procura por aquecedor a gás

A queda de temperatura dos últimos dias serviu para aquecer o mercado de aquecedores a gás. Para fugir do banho frio e ter conforto, muitas pessoas buscam estes equipamentos como alternativa. Dados do Corpo de Bombeiros dão conta que quanto mais rigoroso o inverno, maior a incidência de ocorrências. Considerada a maior indústria brasileira de aquecedores, a Orbis, com sede em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, vem trabalhando para desmitificar a utilização deste produto.

Segundo o gerente comercial da empresa, Ayrton Zanon Júnior, o aquecedor é seguro e econômico, desde que obedeça regras que vão desde a hora da compra até o manuseio adequado. “Sem ele for bem produzido, bem vendido, bem instalado, bem utilizado e bem mantido, é um sucesso”, diz. Para tirar o melhor proveito deste produto, o consumidor precisa ser bem orientado. Antes de mais nada é preciso procurar empresa e profissionais capacitados e credenciados.

Após a aquisição do aquecedor, é preciso tomar todas as medidas preventivas na instalação, e uso deste equipamento, conforme manual de instruções. É fundamental que o mesmo seja instalado em ambiente bem ventilado. “Nunca deixe que um profissional que trabalha com conserto de outros equipamentos altere o regulador do gás”, alerta o responsável pela área de assistência técnica da Orbis, Luiz Alberto Sotto Maior. A chama tem que estar sempre bem azulada. E a manutenção deve ocorrer uma vez por ano. A capacitação dos instaladores também é fundamental para garantir a segurança.

Bombeiros fazem alerta

O Comando do Corpo de Bombeiros alerta a população sobre os riscos do monóxido de carbono e os cuidados a serem tomados com aquecedores de água a gás. Quanto mais rigoroso for o frio, maior a ocorrência de acidentes com estes produtos. Em 1999, o Comando registrou em toda a Região Metropolitana de Curitiba quinze casos; em 2000 foram oito e em 2001 apenas um.

Para evitar os acidentes, a orientação é tomar todas as medidas preventivas. Nos aquecedores não revisados ou sem manutenção, é maior o risco de produção de monóxido de carbono, resultado da queima incompleta do gás. Segundo o tenente Renê Ferreira Muchelim, relações públicas do Corpo de Bombeiros, casos fatais resultantes da inalação do monóxido são chamados de “morte branca”, uma vez que as vítimas não percebem que estão sendo intoxicadas, tendo apenas a sensação de desmaio.

De acordo com a norma NBR 13103 o aquecedor deve ser instalado em recinto com no mínimo 16 metros cúbicos, com duas aberturas de ventilação permanente, tipo porta, parede ou janela. A altura mínima de uma das aberturas é de 150 centímetros do chão e área útil mínima de 600 centímetros quadrados, comunicando-se diretamente com a área externa. Da outra, a altura é de 80 centímetros do chão e a área útil de 200 centímetros.

Quando o usuário do aquecedor presenciar qualquer anormalidade, o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo telefone 190. (JM)

 

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