Cadê o dinheiro?

Atraso em repasses pode deixar unidades de saúde sem remédios

O atraso de mais de R$ 4 milhões em repasses do governo estadual para a prefeitura de Curitiba, referentes à aquisição de medicamentos, pode comprometer o estoque de remédios de uso contínuo obtidos gratuitamente pelos pacientes em unidades municipais de saúde.

Em 2014, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já empenhou R$ 19,2 milhões em medicamentos desse valor, R$ 8,6 milhões foram repassados pelo Ministério da Saúde; o restante é oriundo do orçamento da pasta para esse ano, de R$ 1,2 bilhão. Mensalmente são distribuídas 24,2 milhões unidades de medicamentos.

A SMS alega que o montante atrasado é referente aos recursos mensais do ano inteiro. Ainda de acordo com a secretaria, o município mantém um estoque estratégico de medicamentos, porém, esse estoque está defasado desde a gestão anterior.

Para repor o estoque seriam necessários mais R$ 4 milhões, além do valor mensal para aquisição dos medicamentos, que varia entre R$ 1,8 e R$ 2 milhões.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), afirmou que a situação será regularizada nos próximos dias, mas não informou se o repasse será quitado de uma vez só ou em parcelas.