Até os animais precisam de mais cuidados no frio

Pouca vontade de sair da cama, desconforto e mal-estar causado por aquele resfriado que não sara. Esses são alguns sintomas que as pessoas apresentam durante o inverno mais rigoroso. Sintomas notados também nos animais irracionais.

Afinal, a queda da temperatura castiga também os bichos, que necessitam de cuidados especiais nessa época do ano. Segundo a bióloga Ana Maria Lúcia Faria Gomes, do Departamento de Zoológicos da Prefeitura de Curitiba, todos os animais do Passeio Público e do Zoológico do Parque Iguaçu sentem a queda dos termômetros, mas aqueles naturais de regiões mais quentes são especialmente afetados. Pássaros como papagaios e araras e os primatas como sagüis e micos sentem-se especialmente desconfortáveis com o frio.

Para minimizar o impacto do inverno, desde o fim do verão, a equipe do Passeio Público e do Zoológico faz um trabalho de observação individual dos animais. Aqueles que se mostrarem mais suscetíveis ao frio têm suas jaulas cobertas com cortinas de plástico. Algumas espécies de macacos chegam até a ganhar aquecimento em suas casinhas de madeira. A alimentação, segundo Maria Lúcia, também muda. O cardápio ganha um pouco mais de calorias. “Adicionamos algumas sementes de caju, coco e outros iguarias mais calóricas”.

Apesar dos cuidados, é normal que os bichos se mostrem mais reservados. “Eles saem menos das tocas, economizam energia”, explica.

O frio até agora não deixou nenhum dos animais doente. Se a condição de algum deles inspira mais cuidados, a equipe da Prefeitura passa a acompanhá-lo 24 horas por dia no ambulatório. O Jardim Zoológico e o Passeio Público contam atualmente com cerca de 1.800 animais.

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