Finalmente professor

Aprovada criação plano de carreira para educador infantil

A Câmara Municipal de Curitiba aprovou ontem os projetos que transformam o cargo de Educador em Professor de Educação Infantil e instituem o novo plano de carreira da categoria. Os dois projetos foram aprovados por unanimidade, em primeira votação. Dentre outros avanços, a categoria terá um novo plano de cargos e salários e direito a aposentadoria com 25 anos de serviço, como já ocorre com os demais profissionais do magistério. O prazo, hoje, é de 30 anos.

Os projetos, propostos pela prefeitura de Curitiba, serão apreciados em segunda votação hoje. Depois, seguem para sanção do prefeito Gustavo Fruet. Segundo a prefeitura, as medidas beneficiam 4.642 profissionais e terão impacto direto no atendimento de 40 mil crianças de 3 meses a 5 anos atendidas nas unidades de educação infantil da rede municipal. O impacto financeiro é de R$ 1.079.433 em 2014, com previsão de chegar a R$ 26.606.540 em 2016.

Com o novo plano de carreira, o enquadramento dos servidores passa a ser por tempo de serviço e trajetória de carreira. Uma nova tabela garante ao professor da educação infantil a possibilidade de alcançar o topo da carreira durante seu período em atividade. Hoje, seriam necessários 55 anos de trabalho para chegar ao topo, tempo que cairá para 25 anos com o novo plano.

A aprovação dos projetos foi comemorada como uma conquista pelos professores da educação infantil. Representantes da categoria acompanharam a votação e festejaram o resultado. “Os anos de luta não foram em vão. Por muito tempo não fomos sequer ouvidos, mas mobilizamos a cidade toda com a greve dos educadores e nos fizemos ouvir. Hoje, comemoramos”, afirma Ana Paula Cozzolino, coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc).

Ela ressaltou que a categoria ainda tem demandas que não foram contempladas, como o abono dos descontos e faltas pela greve deste ano, o avanço para 33% da jornada para a permanência (a percentagem hoje é de 20%) e a redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais. Outra pauta em aberto é o reajuste salarial de 9,88%, que segundo o Sismuc foi uma promessa da administração municipal.