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Apesar das expectativas do comércio, litoral do PR sofre com velhas carências

Os comerciantes do litoral do Paraná estão animados com a proximidade da temporada de verão. Após o movimento no feriado de 7 de Setembro, considerado um termômetro de como será o período, a expectativa é superar o ano passado. Porém, apesar de boas previsões para os negócios, os veranistas não irão encontrar grandes novidades na estrutura dos municípios, que se preparam com a realização de reparos e obras de pequeno porte.

Empresários e moradores da região entrevistados pelo Paraná Online lamentam o baixo investimento na estrutura das cidades, que durante os três meses de temporada chegam a aumentar em quase 20 vezes sua população. Para eles, esta situação deixa a desejar, especialmente nas questões de saneamento básico, sistema viário, segurança, saúde e incentivo ao turismo. “Ainda precisamos de mais infraestrutura, incentivos aos empresários e estruturação dos atrativos turísticos”, avalia o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo Sustentável do Litoral do Paraná (Adetur), Gustavo Trevizan Socachewsky.

O prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes, afirma que precisa de mais apoio do governo estadual para garantir infraestrutura aos veranistas. “Nosso recurso é para uma população de 17 mil pessoas, mas chegamos a receber 300 mil na temporada”, diz. O município se prepara com a instalação de mais chuveiros nas praias e melhorias nas ruas, mas Gimenes reconhece que ainda é preciso mais para a saúde e a segurança. O município conta com hospital 24 horas e negocia com o Estado o funcionamento de outra unidade no balneário Shangri-lá, que já está com a estrutura pronta.

Big Brother

Pontal do Paraná instalou dez câmeras de monitoramento em pontos estratégicos dos balneários. O sistema, porém, pode não ser utilizado nesta temporada. “A proposta é utilizar as câmeras em parceria com a Polícia Militar (PM). Já enviamos um ofício disponibilizando o sistema”, afirma o prefeito Rudisney Gimenes. A corporação informou que não recebeu nenhum ofício neste sentido. Caso o sistema de monitoramento não seja utilizado pela PM será necessário montar uma equipe da prefeitura, o que o próprio prefeito reconhece ser “difícil no final da gestão”.

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