Anvisa manda alterar fórmulas de antigripais

Devido a uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os laboratórios farmacêuticos produtores de remédios que combatem a gripe estão alterando as fórmulas destes medicamentos. A Agência divulgou que dezenove princípios ativos precisam ser retirados de suas composições. Estes produtos continuam a ter venda livre, sem receita médica.

Também foi determinado que os remédios não podem mais ser classificados como antigripais. Agora, o nome correto, que deve estar descrito na embalagem, é “tratamento sintomático da gripe”. A Anvisa proibiu as versões injetáveis, que já foram retiradas do mercado. Os fabricantes dos pretetores de fígado (hepatoprotetores) também tiveram que alterar as fórmulas. Dezenove princípios ativos deste tipo de remédio foram proibidos.

A resolução da Anvisa, divulgada no fim de fevereiro deste ano, informou que os laboratórios teriam um mês para mudar a classificação dos antigripais. Este prazo já terminou e quem não cumpriu a determinação teve o registro cancelado.

A parte do processo que está ocorrendo agora é a mudança na composição dos medicamentos. Para adotar esta nova medida, a Agência levou em conta as conclusões dos painéis cientifícos de avaliação dos antigripais e dos hepatoprotetores. As empresas têm até o fim do mês que vem (prazo de seis meses a partir da publicação da medida) para apresentar as novas composições. Enquanto isto, de acordo com o artigo 8.º da resolução, o produto original poderá ser comercializado. Quando esta parte do processo terminar, as embalagens devem trazer a denominação “nova fórmula”, perto do nome fantasia do medicamento, por um ano.

Os antigripais que contenham em sua fórmula anti-histamínicos de primeira geração deverão trazer a mensagem de alerta, no frasco e na bula, informando: “Este medicamento induz à sonolência, não devendo ser utilizado por condutores de veículos, operadores de máquinas ou aqueles de cuja atenção dependa a segurança de outras pessoas”.

Os fabricantes de hepatoprotetores têm até este mês para apresentar novas fórmulas, sem 19 princípios ativos banidos porque, de acordo com a Anvisa, foram classificados como ineficazes ou nocivos à saúde humana. Já foram retirados do mercado os remédios que continham extratos hepático, de mucosa gástrica, de pâncreas e de bile. Os hepatoprotetores agora só podem ser vendidos sob prescrição médica.

Princípios ativos banidos

Antigripais
Gomenol
Eucaliptol
Salicilamida
Extr. seco limão bravo
Cinarizina
Canfossulfonato de sódio
Alho
Extrato de suprarrenal
Corticosteróides
(exceto os de uso tópico nasal)
Antibióticos
Vitamina C
Cloreto de amônio
Guaifenesina
Anestésicos locais
Creosoto de Faia
Hidróxido de alumínio
Bloq. de receptores H2
Bloq. de bomba de prótons
Mucolíticos
Hepatoprotetores
Adenosina
Extrato de mucosa gástrica
Extrato de pâncreas
Extrato hepático
Extrato de bile
Ripason
Alcaçuz
Erva doce
Mentol
Hortelã
Gengibre
Quina mineira
Extrato de beladona
Extrato de Scolymus sp
Extrato de R. purshiana
Extrato de jurubeba
Vitaminas do compl. B
Capeba (elixir, extrato)
Princípio detoxificante  do fígado

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