Andarilhos incomodam moradores do Largo Issac Lazzarotto

Os moradores das imediações do Largo Issac Lazzarotto, em Curitiba, estão indignados com um grupo de pessoas que há dois meses se instalou na praça. A comunidade local é obrigada a presenciar cenas de sexo e de gente trocando de roupa. Além disto, drogas estariam sendo vendidas no local. Segundo a prefeitura, a Central de Resgate Social já fez várias abordagens ao grupo, mas eles preferem ficar na rua vivendo de esmola.

Vários incidentes já aconteceram entre o grupo e os moradores. R. B., 42 anos, conta que na última sexta-feira chegou em casa às 11h da noite e tinha um casal fazendo sexo na rua. Ela também lembra que uma vez as filhas estavam brincando na garagem e viram alguns deles trocando de roupa. Outro incidente deste tipo aconteceu com uma menina de 9 anos que passava pelo local. “Isto é uma agressão”, diz. R.B. Ela também fala que há uma criança no grupo e nos dias de chuva ela fica ao relento, coberta apenas por um cobertor. “É de cortar o coração”, desabafa. Uma mulher grávida também está morando na praça.

Outra moradora, M.G., conta que é comum eles ficarem tocando a campainha e pedindo coisas. Uma vez chegaram a pular o muro da casa. “Tenho até medo de sair de casa”, diz. Eles também ficam brigando entre si durante a noite. “A gente acorda assustada, sempre tem uma mulher que apanha”, conta M.G. O mau cheiro no lugar é outro incômodo, porque as necessidades fisiológicas são feitas ali mesmo.

Os moradores afirmam ainda que o local é ponto de venda de drogas. “Chega cada carrão e gente bem arrumada, pega a droga e vai embora”, comenta M.C. M.C. diz ainda que eles afirmam que há uma mulher com aids morando na praça e ficam usando a doença como forma de ameaça. A assessoria da prefeitura confirmou o fato e diz que o tratamento foi oferecido, mas recusado. Eles não tem poder para forçar as pessoas a saírem da praça e ir para os abrigos. Apenas podem oferecer ajuda. Além disto o grupo já passou várias pela central, mas prefere voltar para a rua porque a população, apesar da campanha da prefeitura contra a doação de esmola, continua dando dinheiro. Ontem a noite, nova abordagem seria realizada.

Voltar ao topo