Alunos da Embap protestam da forma errada

“Arte não é lixo. Arte é preciso.” As frases pichadas na fachada da sede da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), na Rua Emiliano Perneta, no Centro, passam longe de uma obra de arte. A manifestação, atribuída aos alunos da instituição, pede a volta da escola para o prédio histórico construído em 1930 e que desde 1951 abrigou a Embap.

A instituição deixou o local há três anos devido às más condições do prédio. Desde então, está dividida em três sedes diferentes, nas ruas Comendador Macedo, Francisco Torres e Benjamim Constant, o que parece desagradar os alunos. Junto com os escritos, que pedem um “prédio novo já” e a “Belas já aqui”, há também um apelo: “Só queremos um local (…) Por favor, não esqueçam de nós”.

A diretora da escola, Maria José Justino, considerou lamentável a pichação de um prédio histórico. Para ela, os estudantes deixaram a desejar na criatividade, especialmente por se tratar de alunos da área artística, que são mais sensíveis. “Eles não tinham forma mais criativa para se manifestar? Um piano na avenida, por exemplo, valeria mais do que a pichação”, avalia.

Maria José afirma que a Embap já está em negociação com o governo estadual para a solução do problema e a recuperação do prédio com o objetivo de destacar o local como um espaço cultural, tanto para estudantes quanto para a comunidade. “Investir em arte é formar cidadão”, destaca. Entre as propostas está a criação de uma sala de concertos e de exposições.

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