Agentes de trânsito buscam esclarecimento

Reunião informal entre o Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização de Curitiba (Sindiurbano) e um procurador do Ministério Público do Trabalho está marcada para segunda-feira de manhã. Nesse encontro, a diretoria do Sindiurbano quer buscar esclarecimentos jurídicos sobre a legalidade das demissões de agentes de trânsito, ocorridas nos últimos dois anos. O sindicato também pretende ser orientado pelo procurador do Trabalho (cujo nome é mantido em sigilo pelo Sindiurbano, por se tratar de reunião informal), sobre que providências tomar para assegurar o emprego de alguns agentes que desde o ano passado estão sob ameaça de demissão. “Em 2002, havia boatos que a Urbs pretendia demitir seis agentes, porém, isto não pôde ser feito, em função do período eleitoral”, comenta o diretor de Finanças do sindicato, Adílson Nunes. “Nesta semana, uma das pessoas, que estavam na chamada lista negra da Urbs, foi demitida”, aponta. “Além disso, neste ano, outros dois agentes aceitaram fazer uma espécie de acordo com a empresa, no qual eles pediram as contas, por temerem que a Urbs forjasse um motivo para demitir por justa causa”, acrescenta Nunes.

O Sindiurbano acusa a Urbs de estar demitindo agentes de trânsito que aplicam poucas multas e, como conseqüência, não ajudam a empresa a ampliar a arrecadação com os chamados autos de infração. “Não se pode medir a produtividade de um agente pela quantidade de multas que emite. Isto é mercantilizar um trabalho que tem por princípio melhorar a qualidade do trânsito na cidade”, defende Nunes. Após esta consulta jurídica, no final da semana que vem, deverá ocorrer uma mesa redonda oficial entre o Sindiurbano e a Urbs. “Dependendo dos efeitos destas primeiras ações, vamos decidir se realizaremos ou não uma paralisação”, avisa.

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