Agentes de disciplina em greve

Os agentes de disciplina terceirizados do Sistema Penitenciário do Estado resolveram entrar em greve ontem, em assembléia realizada em Curitiba. Na última segunda-feira o sindicato da categoria havia se reunido na Delegacia Regional do Trabalho (DRT) com representantes da empresa MonteSinos, uma das responsáveis pelo serviço, mas não houve acordo. A principal reivindicação deles é a isonomia salarial com os servidores do Estado.

A presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Paraná (Sinnsp), Sandra Maria Duarte, afirmou também que ontem esteve reunida com o chefe de gabinete do governador Roberto Requião para pedir que ele intermedeie as negociações. Eles também querem a quebra de contrato com as empresas e que o governo absorva os funcionários até a realização de concurso público. Ficou para amanhã a resposta e, conforme o resultado, a greve pode ser interrompida.

No Estado, há seis unidades terceirizadas entre penitenciárias e casas de custódia. Além da MonteSinos, elas são administradas pelo Instituto Nacional de Administração Prisional (Inap) e Humanistas. Os funcionários que aderiram à greve são da Penitenciária Estadual de Piraquara, Casa de Custódia de Londrina, Casa de Custódia de Curitiba e Penitenciária Industrial de Guarapuava. A Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu (PEF) e a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) ainda não entraram no movimento. “Elas são novas e os funcionários estão em estágio probatório”, afirma Sandra, explicando ainda que só 30% dos agentes vão trabalhar para garantir que o serviços funcionem. “Com a greve o que muda é a dinâmica interna. Terá que ter menos presos circulando para garantir a segurança.”

A principal reivindicação é a isonomia salarial entre terceirizados e estatutários. Segundo o delegado sindical, Emerson Soki, os agentes recebem em média R$ 485,00 mais 20% devido ao risco de morte. Mas os funcionários do Estado que fazem o mesmo serviço recebem R$ 1.200,00.

Em dezembro, parte da categoria ja havia entrado em greve, mas no dia 27 voltaram atrás para que a medida não atrapalhasse as negociações.

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