Armado, um adolescente de 15 anos abriu fogo contra colegas de classe no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, Oeste do Paraná. O crime aconteceu por volta das 9h desta sexta-feira (28), e dois alunos ficaram feridos, um deles em estado grave, com um tiro na coluna vertebral. O adolescente foi apreendido junto com outro rapaz, que lhe dava cobertura, e na delegacia disseram que sofriam bullying.

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No momento do ataque, o pânico tomou conta da escola, houve tumulto e correria. O rapaz estava com um revólver calibre 22, munições e uma faca. Ele chegou, atirou várias vezes e acertou os dois colegas de classe.

 

O disparo certeiro nas costas de um adolescente de 15 anos foi o que mais preocupou os socorristas. O menino foi levado ao Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, também no Oeste, e corre risco. Já o outro ferido, um rapaz de 18 anos, foi atingido de raspão em uma das pernas. Ele foi encaminhado ao hospital, recebeu um curativo e liberado.

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Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde informou que o aluno com ferimentos graves seria transferido de Foz do Iguaçu para Curitiba em avião do Governo do Estado, com acompanhamento de sua mãe, ainda nesta sexta-feira.

Na capital, ele deve ser internado no Hospital do Trabalhador (HT), hospital estadual de alta complexidade especializado em atendimento ao trauma, para ser avaliado pela equipe de ortopedia de coluna. Não foi informado qual o horário da chegada do paciente a Curitiba, mas o hospital deve divulgar informações sobre o estado de saúde dele todos os dias às 11 horas.

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Apreensões

Com o adolescente apreendido, os policiais encontraram uma carta com pedido de desculpas em meio ao material escolar. O rapaz, que é filho de agricultores, também portava consigo recortes com notícias de ataques em escolas dos Estados Unidos e do Brasil.

Em entrevista à RPC, o delegado Denis Merino, da Polícia Civil, explicou que o fato é tratado como um atentado. “É considerado uma espécie de atentado. Os alunos eram vítimas de bullying. Um veio com bomba e o outro com uma arma. A bomba foi explodida no pátio do colégio. Na carta encontrada na mochila de um dos alunos, ele se justifica sobre o que aconteceu. Ele se sentia menosprezado e humilhado”.

Além da arma utilizada, também foi apreendida uma carta em que o adolescente pedia desculpas pelo ocorrido. Foto: Divulgação/PM

Investigações

Conforme a polícia, a carta vai passar por uma perícia para comparar até mesmo a letra do papel com a dos alunos apreendidos. Os policiais informaram ainda que, na casa do adolescente atirador, mais armas, facas e bombas caseiras foram apreendidas.

Além dos dois adolescentes, os pais deles também foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos. O delegado explicou que vão apurar a origem das armas e que os dois menores vão responder por dupla tentativa de homicídio. “Constatadas as origens (das armas), se confirmadas serem dos pais, eles também deverão ser responsabilizados”, considerou o delegado.

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