Adesão de servidores do HC à greve já é maior

Aumentou a adesão à greve dos funcionários técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Quatro pacientes do setor de Emergência Clínica da Unidade de Urgência e Emergência tiveram que ser transferidos para a Santa Casa. Ontem à tarde a direção do hospital esteve reunida para avaliar a conjuntura.

Na manhã de ontem a situação era crítica na ala de emergência clínica, uma espécie de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) intermediária. Havia 25 pacientes internados, com poucos funcionários para atendê-los. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a situação é delicada porque o setor é a porta de entrada do HC. Dos seis funcionários que trabalham no local, três cruzaram os braços. Os quatro pacientes que apresentavam quadros mais complicados foram transferidos por medida de segurança. À tarde houve uma melhora no atendimento, pois caiu para 22 o número de pessoas internadas.

Outro setor que está sofrendo com a falta de servidores é o de internação para cirurgia do aparelho digestivo. No local estão 17 pacientes e, dos sete funcionários, dois aderiram à greve pela manhã. À tarde, os únicos dois que cumprem o turno não foram trabalhar. A ausência foi minimizada graças a um revezamento dos funcionários em atividade. Mas a assessoria de imprensa do HC reforçou que a direção está tomando todas as medidas para que não haja riscos para os pacientes.

Segundo a diretora de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3.º Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), Ivete Neves de Almeida, é crescente o número de funcionários que estão aderindo ao movimento.

Ela afirma que 30% dos estatutários já aderiram, incluindo funcionários da UFPR e do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet). Na UFPR, O Casa Três, que presta atendimento médico aos funcionários e estudantes, está fechado. Os serviços de transporte e o restaurante também estão parados.

Ontem pela manhã, 44 pessoas de 14 setores cruzaram os braços, e à tarde 28 funcionarios de nove setores pararam. Quatro pessoas aderiram ao movimento à noite. Os servidores estão em greve desde a última segunda-feira. Eles querem reajuste salarial e a implantação de um plano de Cargos e Carreiras.

Voltar ao topo